sexta-feira, dezembro 23, 2005

O começo de tudo:
o maior gênio da TV mundial:




















agora ficou mais fácil colocar fotos no blogspot...hehe

quarta-feira, novembro 23, 2005

Aperitivo

Uma coletânea ideal Depeche Mode:

(em ordem cronológica)

1) The Sun and the Rainfall (LP A Broken Frame, 1982)
2) Love in Itself (LP Construction Time Again, 1983)
3) Two Minute Warning (LP Construction Time Again, 1983)
4) Blasphemous Rumours (LP Some Great Reward, 1984)
5) Fly on the Windscreen (LP Black Celebration, 1986)
6) A Question of Lust (LP Black Celebration, 1986)
7) Dressed in Black (LP Black Celebration, 1986)
8) Never Let Me Down (LP Music for the Masses, 1987)
9) Sweetest Perfection (LP Violator, 1990)
10) Enjoy the Silence (LP Violator, 1990)
11) Blue Dress (LP Violator, 1990)
12) Mercy in You (LP Songs of Faith and Devotion, 1993)
13) In Your Room (LP Songs of Faith and Devotion, 1993)
14) One Caress (LP Songs of Faith and Devotion, 1993)
15) Useless (LP Ultra, 1997)
16) Sister of Night (LP Ultra, 1997)

infelizmente, não sobrou espaço pra nada do novo, mesmo porque minhas preferidas já mudaram com as primeiras audições, e podem mudar de novo. Algumas ausências me incomodam (dá pra fazer uma coletânea tripla com as grandes músicas deles), mas escolhi de acordo com as últimas audições.

Um Top 5 de discos da banda, pra encerrar o post:

1) Black Celebration (a obra-prima máxima da banda)
2) Violator (se Black Celebration não existisse...)
3) Songs of Faith and Devotion (gospel eletrônico de inigualável sensibilidade)
4) Construction Time Again (meu preferido de outrora)
5) A Broken Frame (um salto em relação ao primeiro disco)

obs: Playing the Angel talvez entre aí com mais audições. Dificilmente no lugar de um dos quatro primeiros. Por enquanto, o disco está parelho com Ultra, ambos ameaçando o quinto lugar do delicioso A Broken Frame.

segunda-feira, outubro 10, 2005

Novo disco do Depeche Mode sai na semana que vem. Acabei de ver na MTV o novo clipe, da música "Precious". Bem...acho que nada melhor pra definir o que achei do que dizer que parece Camouflage, banda alemã que sempre imitou descaradamente, e às vezes com muita felicidade, a sonoridade depechiana. Ou seja, pode pintar um disco genérico aí, um disco no piloto automático. Mas espero que seja apenas uma escolha infeliz da faixa de trabalho.

sábado, setembro 24, 2005

Shelby Lynne lançou alguns disquinhos country pop sem repercussão no começo de carreira. Nunca os ouvi, mas I Am Shelby Lynne (2000) eu ouço sempre. É seu primeiro disco autoral (pelo que li). O primeiro em que ela compõe e toca do jeito que quer, sem se preocupar com modismos de mercado. Tanto que foi um disco elogiadíssimo pela crítica e meio que rejeitado pelo público, que não entendeu o ecletismo da moça. Pois basta a primeira faixa começar para as lágrimas escaparem dos meus olhos. "Your Lies" tem uma beleza philspectoriana tão inacreditável que parece impossível o disco não ser obra-prima (bem, foi o que pensei na primeira vez que ouvi, em 2000). E de fato, é uma OBRA-PRIMA. Seus momentos mais pop lembram Sheryl Crow, mas é melhor que qualquer coisa que a Crow tenha feito. A segunda ("Leaving") também é uma obra-prima da black music, mesmo com um arranjo que lembra o genérico na batida, mas tem uma orquestração que arrepia. Outros momentos são de provocar surtos de desespero (tem que mandar essa mulher pra cadeia por ser tão boa): "Why Can't You Be", uma das mais pops; "Looking Up", de uma beleza lenta e sofrida; "Dreamsome", com sua melodia absurda e incrivelmente original; e "Black Light Blue", sincera e tocante homenagem Billie Holliday. Mas é Dusty Springfield a maior inspiração desse disco antológico produzido com mão santa por Bill Bottrell (de quem lembro o nome, mas não exatamente onde mais trabalhou). O disco Suit Yourself, de 2005, ganhou elogios semelhantes ao de I Am..., depois de alguns discos meio desprezados. Vou conferir.

quarta-feira, setembro 21, 2005

Desculpem a insistência, mas nos últimos dois anos, sempre que me perguntam qual o guitarrista que eu mais gosto, a resposta é sempre a mesma: Dave Davies, o mago dos Kinks. Se alguém tiver alguma dúvida, além de ser obrigatório ter na coleção todos os discos de estúdio até Lola vs Powerman (os que vem depois são maravilhosos, mas ficam um pouco atrás dessas obras-primas), convém baixar as seguintes faixas: "Yes Sir No Sir", "Victoria", "Lola" e "This is Where I Belong". São pequenas amostras da genialidade desse guitarrista que sabe a hora de ser econômico ou arrojado, sentimental ou porralouca. Aliás, em Face to Face ele começa a soltar lampejos irônicos, pequenas notas que funcionam como um comentário para o que o irmão está cantando. A evolução natural disso se percebe mais claramente nas três primeiras canções que recomendo acima, sendo as duas primeiras do disco Arthur e a terceira obviamente do disco Lola vs Powerman.

P.S.: Apenas Frank Zappa coloca alguma dúvida em minhas respostas sobre o guitarrista que prefiro.

sexta-feira, agosto 26, 2005

Batalha de bandas e estilos:

PET SHOP BOYS

Please (1986) * * * * 1/2
Actually (1987) * * * * *
Introspective (1988) * * *
Behaviour (1990) * * *
Very (1993) * * * * 1/2
Bilingual (1996) * * * 1/2
Nightlife (1999) * * * *
Release (2002) * * * 1/2


VAN DER GRAAF GENERATOR

Aerosol Grey Machine (1969) * * * *
The Least We Can Do is a Wave to Each Other (1969) * * * * *
H to He (1970) * * * * *
Pawn Hearts (1971) * * * * *
Godbluff (1975) * * * *
Still Life (1976) * * * * *
World Record (1976) * * * 1/2
The Quiet Zone/The Pleasure Dome (1977) * * * *
Vital - duplo ao vivo (1978) * * * *
Present - duplo (2005) * * * * 1/2

terça-feira, agosto 23, 2005

Ouvidos no ônibus, durante a viagem: Associates Sulk, Dance Society em dois LPs, Buzzcocks 2003, The Apples in Stereo, Comsat Angels e Felt. Sobre o Apples, continuo achando legalzinho, no máximo. A galera indie fica em polvorosa diante de um cd deles, mas é bem irregular, com uma voz chatinha e melodias bubblegums bem esquecíveis. Tem seus momentos, o que salvou a pele deles. O mesmo vale para Comsat Angels, do qual tenho sérias suspeitas de que fiz algo errado. Tem hora que lembra Prefab Sprout, e me fez querer vomitar. Em outros momentos, fica próximo do pós punk do Suicide, o que é muito bom. Será que é tudo a mesma banda, ou meu MP3 ficou seriamente prejudicado pela desatenção na hora de passar pro cd?
Falando em Suicide, Sulk, o melhor disco dos Associates (pelo menos até a próxima audição de The Affectionate Punch, o ótimo primeiro disco deles), tem muitos momentos que lembram os mestres de NY, e são os melhores momentos do disco. As músicas são malucas, apesar da produção polida demais, que não consegue, no entanto, lustrar o que há de loucura em suas melodias. Se tiver que baixar só uma faixa pra conhecer, sugiro "Club Country", faixa que, como outras, lembra Soft Cell.
Do Felt eu sempre gostei, mas sem maior destaque. Continua na mesma. Buzzcocks voltou muito bem com esse excelente disco homônimo de 2003. E na hora de ouvir os lps do Dance Society, eu peguei no sono, tanto na ida como na volta, e não por culpa da banda, mas do horário. Na próxima eu pulo pra vez deles no cd.

sexta-feira, agosto 05, 2005

The Clash:

The Clash (1978) * * * * 1/2
Give 'em Enough Rope (1978) * * * * *
London Calling (1979) * * * * *
Sandinista (1980) * * * * *
Combat Rock (1982) * * * *
Cut the Crap (1985) * 1/2

quinta-feira, julho 28, 2005

Ouvindo agora o power trio sueco Royals, amplamente desconhecido. Uma obscuridade e tanto lançada em cd pela gravadora Love. O disco em questão é Spring 76, irregular, mas com momentos de antologia, principalmente a primeira faixa, "High", que tem umalevada meio psicodélica meio funkeada, muito interessante e diferente. Pra completar, a música volta totalmente invertida no final. Mas invertida mesmo, não existe teclado pra digitar o nome impresso na capa (obviamente High ao contrário, e com as letras ao contrário também). Irregular porque tem uma versão medíocre para "Dancing in the Street" (se comparada à do Van Halen, de pensarmos na do Kinks ou da Martha & the Vandellas fica uma lavada só). Além do mais, em 1976 todo mundo já tinha feito uma versão pra essa música, se tinham que fazer mais uma, que fosse muito boa (como a do Van Halen). Tem também uma faixa bem fraca, "Everything's Alright", que ainda por cima imita descaradamente "Into the Fire" do Deep Purple. Melhora bastante na cover de "Badge", clássico do Cream, aqui em versão bem gostosa de se ouvir. Alguns outros belos momentos fazem valer a pena a compra do disco: "Night Funk", "Hoochie Coochie Man" (de Willie Dixon) e "Rock Me", além da supracitada dupla, com "High" sendo um dos grandes momentos do rock naquela década. Lembro que o outro disco que escutei (e que não tenho aqui no momento) é mais regular, só com músicas boas, mas nenhuma tão boa quanto "High"

sábado, julho 16, 2005

Hyaena ontem e Peepshow hoje: razões suficientes para um quadro de cotações com o pessoal da Siouxsie & the Banshees. Nunca foi uma das preferidas, mas sempre tive prazer imenso em escutar, principalmente até o quinto disco. Kaleidoscope é o melhor álbum da banda. "Turn to Stone" (faixa do disco Peepshow) é das melhores canções da banda. A melhor desde 1982. Não gosto muito dos projetos (Glove, Creatures e mais algum que não lembro).

The Scream (1978) * * * *
Join Hands (1979) * * * *
Kaleidoscope (1980) * * * * 1/2
Juju (1981) * * * *
A Kiss in the Dreamhouse (1982) * * * 1/2
Nocturne (Live) (1983) * * *
Hyaena (1984) * * *
Tinderbox (1986) * * *
Through the Looking Glass (1987) * * 1/2
Peepshow (1988) * * * 1/2
Superstition (1991) * * * *
The Rapture (1995) * * *

segunda-feira, julho 11, 2005

Atendendo a pedidos:

IRA!

Mudança de Comportamento (1985) * * * *
Vivendo e Não Aprendendo (1986) * * * * 1/2
Psicoacústica (1988) * * * 1/2
Clandestino (1990) * * *
Meninos da Rua Paulo (1991) * * * 1/2
Música Calma para Pessoas Nervosas (1993) * * *
7 (1996) * * 1/2
Você Não Sabe Quem Eu Sou (1998) * * *
Isso é Amor (1999) * * *
MTV ao Vivo IRA! (2000) * *
Entre seus Rins (2001) * * *

PARALAMAS DO SUCESSO

Cinema Mudo (1983) * * * 1/2
O Passo do Lui (1984) * * * *
Selvagem (1986) * * * *
D (1987) * * *
Bora Bora (1988) * * *
Big Bang (1989) * * * 1/2
Os Grãos (1991) * * * *
Severino (1994) * * * 1/2
Vamo Batê Lata (1995) * * *
Nove Luas (1996) * * * 1/2
Hey Na Na (1998) * * * *
Acústico (1999) * *

Comentários gerais: são duas das bandas que mais gosto nos anos 80. Pelo menos, duas bandas que lançaram vários discos bons desde aquela década. Duas outras seriamPatife Band e Picassos Falsos, mas são bandas de poucos discos. Os discos que não constam das relações acima, eu nunca escutei (ou são coletâneas - algo que geralmente ignoro). Ouvi bastante essas bandas no final dos anos 90. quando encontrava seus Lps por preço de banana. Lembro que consegui comprar, em 1997, todos do Paralamas até Severino, por no máximo 2 reais cada. Minhas cotações, na maioria das vezes, datam dessa época.

quinta-feira, junho 23, 2005

A propósito de Monolith, discaço que acabei de escutar, vai aí uma tabela de cotações do Kansas - gosto sim, e daí? (até o disco que conheço bem, os que ouvi de má vontade não contam):

Kansas (1974) * * * 1/2
Song for America (1974) * * * * 1/2
Masque (1975) * * * 1/2
Leftoverture (1976) * * * * 1/2
Point of Know Return (1977) * * * * *
Two for the Show (1978) * * * * 1/2
Monolith (1979) * * * * 1/2
Audio Visions (1980) *
Vinyl Confessions (1982) * * *
Drastic Measures (1983) * *
Power (1986) * * 1/2
In the Spirit of Things (1988) * *
Live at the Whiskey (1992) * * 1/2
Freaks of Nature (1995) * * 1/2


Bury, não esqueci da promessa. É que pra bandas nacionais se eu fizer de memória vai ter erros demais.

sábado, junho 18, 2005

Top 10 AC/DC

1- Highway to Hell (1979)
2- High Voltage (1976)
3- Dirty Deeds Done Dirt Cheap (1976)
4- Back in Black (1980)
5- Flick of the Switch (1983)
6-Powerage (1978)
7- Let There Be Rock (1977)
8- If You Want Blood (1978)
9- Stiff Upper Lip (2000)
10- Ballbreaker (1995)

Os 5 primeiros são essenciais pra qualquer um que goste de rock. Não coloquei o TNT por ser um lançamento exclusivamente australiano. Discos que não posso dizer que gosto: Fly on the Wall, Blow Up Your Video, The Razor's Edge, Who Made Who.

terça-feira, junho 14, 2005

Sempre achei Degüello um dos melhores discos do ZZTop. Reouvindo agora o lado A, fico na dúvida. É certo que as estranhezas do disco são muito bem-vindas: "Manic mechanic", com seus arroubos kingcrimsoniano, "Lowdown in the Street", com sua levada esperta e meio jazzística e "Chip Sunglasses", com um interlúdio meio Passport/meio Johnny Winter And. Mas quando a banda faz o que sempre fez muito bem, o boogie blueseiro e sujo do Texas, parece estar com o freio de mão puxado. O lado B, que enfim chega, é bem melhor, e quase me faz apagar o que escrevi sobre o lado A. O lado se encerra com a maravilhosa "Esther Be the One", uma belissima balada-pop de melodia irresistível (à lá JJ Cale). A guitarra de Billy Gibbons também está melhor nos momentos em que eles buscam uma fuga de sua sonoridade padrão, excetuando "Hi-Fi Mama", uma porrada Rock'n'Roll com vocal de Dusty Hill (o baixista). Voltaram a essa sonoridade clássica em El Loco, mas o disco é meio borocochô. Em Eliminator conseguiram a equação ideal entre uma orientação FM e o som próprio deles. E vêm seguindo nessa toada com melhor (Antenna, Rhythmeen) ou pior (Recycler, Afterburner) desenvoltura.

ZZ Top's First Album (1971) * * * *
Rio Grande Mud (1972) * * * *
Tres Hombres (1973) * * * * 1/2
Fandango (1974) * * * 1/2
Tejas (1976) * * * * *
Degüello (1979) * * * * 1/2
El Loco (1981) * * 1/2
Eliminator (1983) * * * *
Afterburner (1985) * *
Recycler (1990) * * 1/2
Antenna (1994) * * * *
Rhythmeen (1996) * * * 1/2
XXX (1999) * * *
Mescalero (2003) * * *

Esses dois últimos não estão muito bem na minha memória. Pouco os ouvi. Talvez tenha sido injusto com o XXX. Mas certamente fui injusto com El Loco, mas como ele está cercado de dois belos discos, fica como está, pra marcá-lo como disco de entressafra.

sábado, junho 11, 2005

Ouvindo "Powerman", a inacreditável pancada do disco Lola, pela quarta vez hoje, tenho que dizer novamente, em letras garrafais: DAVE DAVIES É GÊNIO.
Depois de ocuparem o podium de discos preferidos durante pelo menos um ano, Face to Face (66) e Village Green (68) dão lugar a Arthur (69) e Lola (70) no meu coração. Como ficamos na mesma banda (a maior de todos os tempos - e que você já deve saber qual é), está tudo em casa. Arthur é o disco dos sonhos de qualquer guitarrista, parece ter sido um presente para Dave Davies, que brilha em todas as faixas. É o disco mais rockeiro desde o primeiro disco deles. Lola tem muito da sonoridade americana que já havia impregnado os Stones na época. Muito country, rock rural e algumas melodias burlescas clássicas dos irmãos Davies. O nome completo do disco é Lola Versus Powerman & the Moneygoround. Um verdadeiro duelo, com cada músico mostrando o melhor de si. Quero muito, mas muito mesmo reouvir os discos seguintes (principalmente Percy e Mushwell Hillbillies, discos que eu já tinha em altissima conta).

terça-feira, junho 07, 2005

Gosto muito do Nirvana de Kurt Cobain, aquela banda que causou frisson com uma mescla muito boa de barulho e melodia, com um baixão (inspirado frequentemente em Killing Joke, é verdade) forte e marcante. Mas há um outro Nirvana, bem menos barulhento (ou quase nada barulhento), e ainda mais genial que a banda de Seattle. O Nirvana inglês (em catálogos é comum ler Nirvana UK) lançou seus discos no final dos anos 60, e começou como um Kinks menor no ótimo Story of Simon Symopath (1967 * * * *). Em 1968, lançaram a obra-prima All of Us que tem a melhor faixa instrumental já lançada por uma banda popular: "The Show Must Go On" (que me desculpem "Lonely", do Lovin' Spoonful e "Laguna Sunrise", do Black Sabbath...e mais um monte que estou esquecendo). O disco ainda tem "Everybody Loves the Clown", que é inacreditável e muito boa. Em seguida, o turbulento (Dedicated) to Marcus III, nova obra-prima de 1969, que teve vários problemas internos e com a gravadora, e tem uma das baladas mais pungentes de que se tem notícia: "The World is Cold Without You". Infelizmente nunca escutei o quarto disco (Local Anaesthetic, com apenas duas faixas). Dizem que um empresário espertalhão quis processar o Nirvana americano pelo uso do nome, mas os integrantes das duas bandas se encontraram e tudo terminou em pizza.

sábado, junho 04, 2005

Imitando Roberto Avallone (que evoca a tal "audiência rotativa" quando quer repetir algo bombástico), mando um novo post falando de Killing Joke. Fazer o quê: botei o Pandemonium pra escutar, o disco que mostrou aos Ministrys da vida (eu gosto de Ministry, por sinal) como se faz a trilha do caos. A banda quase se perdeu com discos mais indecisos, flertando forte com o progressivo, no final dos anos 80, mas retornou com a fúria habitual renovada em Extremities...Em Pandemonium, impressiona a violência de faixas como "Exorcism" e "Millennium" e a própria faixa-título. "Black Moon" é a que mais se parece com o Killing Joke dos tempos de Revelations. "Jana" é a do refrão pegajoso, perfeita para provar que a banda ainda mantém o lado Night Time (disco de 85, responsável pela guinada comercial). E "Labyrinth" tem a levada dançante perfeita para casar com a ferocidade da instrumentação.

Killing Joke (1980) * * * * *
What's This For? (1981) * * * * 1/2
Revelations (1982) * * * * *
Fire Dances (1983) * * * * 1/2
Night Time (1985) * * * * 1/2
Brighter than a Thousand Suns (1986) * * *
Outside the Gate (1988) * * * 1/2
Extremities Dirt & Various Repressed Emotions (1990) * * * *
Pandemonium (1994) * * * * *
Democracy (1996) * * * *
Killing Joke (com dave Grohl) (2003) * * * *

quinta-feira, junho 02, 2005

Gosto muito, muito mesmo de Steely Dan. Grandes músicos e grandes compositores. Às vezes, a guitarra de "Skunk" Baxter (ou Denny Diaz - não me lembro mais qual o dos rompantes violentos) torna-se pesada, feroz, mas o que reina na maior parte do tempo é uma malemolência que torna a música deles uma delícia de se ouvir. A voz de Donald Fagen tem um charme que combina muito bem com as discretas intervenções de sopros, e com as levadas mais funkeadas também. Não dá pra classificar muito a banda, mas o grosso das tentativas batem nas teclas do blues, do jazz, do soul e do folk, revestidos com um senso urbano que dá a impressão de que os discos foram gravados em cima do asfalto, com diversos edifícios em volta e um trânsito caótico desviando deles. Ouvia muito no carro o Kamikiriad (segundo disco solo de Fagen) no carro, pois foi lançado na época infeliz em que eu era obrigado a dirigir cerca de duas horas todos os dias. Isso certamente me fazia menos infeliz (baita disco festeiro). Ouvir Steely Dan do primeiro (Can't Buy a Thrill, de 1972) ao Aja (disco de 1977) e descontando a entressafra criativa de Katy Lied (que não é um mau disco, longe disso) é um presente dos bons deuses da música. Meu preferido é Pretzel Logic (terceiro LP, de 1974), mas Royal Scam (quinto, 1976) insiste em lhe roubar o posto de tempos em tempos.

P.S. agora escuto uma coletânea de pop italiano que mostra muito bem o desenvolvimento de certas bandas (Pooh, Formula 3, PFM, New Trolls) do pop ao progressivo. A coletânea tem muito mais pop, e por isso foi dispensada por um amante de progressivo que frequenta a loja, mas é muito boa, principalmente por me fazer lembrar que "Piccola Katy", canção estranha e deliciosa, era um hit da banda Pooh (que depois virou prog e depois discoteque).

quarta-feira, maio 25, 2005

Ouvindo agora Just Testing, belo disco AOR do Wishbone Ash. Estão longe de seus melhores dias, quando compunham maravilhas como "Valedictory", "Time Was" e "Everybody Needs to Have a Friend", mesmo assim continuam com habilidade o suficiente para não serem ignorados. Destaque para "Insomnia", "Helpless" e "Pay the Price" e "Lifeline". Antes ouvi Number the Brave, disco imediatamente posterior a Just Testing, e que só às vezes acho tão bom quanto, o que não aconteceu desta vez, apesar de ser bom e funkeado. O disco conta com John Wetton no lugar de Martin Turner, em mais uma mudança de formação. Tem grandes momentos em "Get Ready", cover dos Temptations, "Roller Coaster" e "Loaded".

Em estrelas a banda fica assim:

Wishbone Ash (1970) * * * * *
Pilgrimage (1971) * * * * 1/2
Argus (1972) * * * * *
Wishbone Four (1973) * * * * *
Live Dates (1973) * * * * 1/2
There's the Rub (1974) * * * *
Locked In (1976) * * * *
New England (1976) * * * *
Front Page News (1977) * * *
No Smoke Without Fire (1978) - não me lembro o suficiente para cotar
Just Testing (1980) * * * *
Hot Ash Live (1981) * * * 1/2
Number the Brave (1981) * * * 1/2
Twin Barrels Burning (1982) * * *

daí em diante eu não conheço o suficiente para meter o bedelho, mas o pouco que ouvi não me deixou muito entusiasmado.

sábado, maio 21, 2005

Tava devendo as cotações do Gentle Giant. Mas ignoro os discos póstumos por não ter a menos condição de julgar com isenção.

Gentle Giant (1970) * * * * 1/2
Acquiring the taste (1970) * * * * *
Three Friends (1971) * * * *
Octopus (1972) * * * * 1/2
In a Glass House (1973) * * * *
The Power and the Glory (1974) * * * * *
Free Hand (1975) * * * * *
Interview (1976) * * * * 1/2
Playing the Fool - Live (1977) * * * *
The Missing Piece (1977) * * *
Giant for a Day (1978) * *
Civilian (1980) * * *

segunda-feira, maio 16, 2005

Eu queria saber o que levou uma banda ótima (até 83) como OMD (Orchestral Manoeuvres in the Dark) a lançar uma bomba pseudo-dançante como Junk Culture (1984) logo depois de um disco intrigante e muito pouco comercial como Dazzle Ships (1983). Deve ter rolado uma pressão da Virgin, no mínimo, já que Dazzle Ships havia sido um rotundo fracasso de vendas. Junk Culture é certamente o pior disco deles. Abaixo dos discos sub-Pet Shop Boys que eles fizeram nos anos 90.

sábado, maio 14, 2005

Foz do Iguaçu - Rio. Trajeto São Paulo - Maringá, ida e volta. Maravilhas do MP3. Lembrar como gostava (e continuo) de That Petrol Emotion (banda nascida das cinzas dos irlandeses - do norte - Understones). Manic Pop Thrill é a estréia, com momentos mais punks que na época dos Understones, outros chegando no pop. Babble segue na mesma tocada. Com End of Millenium Psychosis Blues, entraram de cabeça no funk, que estava apenas insinuado em Babble. Chemicrazy é mais pop, e mais bem sucedido também. Mas é em Fireproof, o disco derradeiro da banda, que as composições de Ciàram McLaughlin, Sean O'Neil e Reamann O'Gormain casam perfeitamente com o vocal de Steve mack, o americano da banda. Eu adoro os desencontros dos discos anteriores, mas Fireproof é um senhor disco, digno fecho de carreira para uma banda muito boa.

sábado, abril 30, 2005

Cotações NEKTAR:

Journey to the Centre of the Eye (1971) * * * 1/2
A Tab in the Ocean (1972) * * * * 1/2
Sounds Like This (1973) * * * *
Remember the Future (1973) * * * * *
Sunday Night Live at the Roundhouse (1974) * * * *
Down to Earth (1974) * * * * *
Recycled (1975) * * * * 1/2
Magic is a Child (1977) * * *
Live in NY (1977) * * * *
More Live in NY (1978) * * * *
Man in the Moon (1980) * 1/2

nunca escutei o cd de volta deles, e tenho muito medo.

sábado, abril 23, 2005

Mais um post que vai gerar inúmeros "hein?", "quê?", ou "que merda é essa?": divagações em torno da banda Kayak.

Banda holandesa, cujos dois primeiros discos mostram muito vigor numa espécie de progressivo pop, com inúmeros detratores mundo afora. Com muitos fãs também, é bom que se diga. No terceiro disco, Royal Bed Bouncer, perseguem um som mais acessível, sem deixar de lado os instantes mais proggers. Os discos seguintes também seriam indecisos. The Last Encore, o quarto, ora busca um hit radiofônico, ora tenta ficar mais hermético. Starlight Dancer, o quinto disco deles, dos indecisos é disparado o melhor. As faixas pop não têm mais vergonha de sua condição (acho que já escrevi isso antes). E os momentos progs também são pops, o que prova que eles ameaçam trilhar um caminho muito mais de acordo com o talento deles. Phantom of the Night, o disco seguinte, é meio frouxo. Álbum de entressafra, e assumidamente pop, quase AOR, como também é o muito superior Periscope Life, disco que comecei a entender na mais recente audição (quase me auto penitenciando por não ter percebido antes). Merlin busca algo mais místico, mais progger, sem abandonar o pop. É um dos grandes discos da banda. Mais no próximo Poeira (se o Bento deixar).

quinta-feira, abril 14, 2005

Pixies em estrelas

Come on Pilgrim (1987) * * * * *
Surfer Rosa (1988) * * * * 1/2
Doolittle (1989) * * * * *
Bossa Nova (1990) * * * *
Trompe le Monde (1991) * * * * 1/2
Pixies at the BBC (1998) * * * *
Complete B Sides (2001) * * * *

quarta-feira, abril 06, 2005

"Quero pensar, meu bom rapaz,
Numa boa:
Não se dá um "sim" assim à toa"

Ainda não ouvi inteiro. A loja não deixa. Mas o pouco menos de metade que resta tem que ser muito ruim pra que o disco não seja uma obra-prima. Tom Zé, Estudando o Pagode: altamente recomendado pra qualquer pessoa que goste de música. Genial como ele não era desde O Correio da Estação do Brás. Quando eu conseguir reouvir, mando a confirmação.

sábado, abril 02, 2005

Já ouviram a trilha de Virgin Suicides? Eu confesso que nunca tinha parado pra ouvir, mesmo tendo adorado o filme e as colocações das músicas, sempre ótimas. Lembro daquela tentativa de comunicação pelo telefone, com os grupos botando as faixas do vinil: "Hello, It's Me", de Todd Rundgren; "Alone Again", de Gilbert O'Sullivan (muito bem aproveitada no filme Ligado em Você); e "How Can You Mend a Broken Heart", dos irmãos Gibb (geniais), aqui cantada por Al Green (igualmente genial). Todas elas presentes, mais duas do Air, duas do Heart, 10 cc, Hollies, mais uma do Todd ("A Dream Goes on Forever" - e tem quem não o considere um mestre do pop perfeito), e até Styx, vejam só. Tem também o maior quase-sucesso de uma banda que ouvi muito pouco, mas gostei muito: Sloan. XTC vitaminado com metais e melodias mais festivas. Sloan merecia ser descoberto.

segunda-feira, março 28, 2005

Então tá...Iron Maiden. Em primeiro lugar, gosto muito das composições de Adrian Smith. The Prisoner, Flight of Icarus, Two Minutes To Midnight, Back in the Village, e principalmente Waysted Years, grande canção pop. Não entendo como muitos detestam esse excelente guitarrista e compositor. Harris mesmo o odiava, e só o aceitou de volta porque a banda só estava fazendo sucesso no Brasil, e ainda assim bem menos do que antes. Mas, vamos lá:

Iron Maiden (1980) * * * * 1/2
Killers (1981) * * * * *
Maiden Japan (1981) * * * *
The Number of the Beast (1982) * * * 1/2
Piece of Mind (1983) * * * * *
Powerslave (1984) * * * * 1/2
Live After Death (duplo ao vivo)(1985) * * *
Somewhere in Time (1986) * * * *
Seventh Son of a Seventh Son (1988) * * * 1/2
No Prayer for the Dying (1990) * *
Fear of the Dark (1992) * * * 1/2
A Real Live One (1993) * * *
A Real Dead One (1993) * * * 1/2
X Factor (1995) * *
Virtual XI (1998) * *
Live at Donnington (1998) * * *
Brave New World (2000) * * * 1/2
Rock in Rio (2002) - sorry, eu nunca escutei
Dance of Death (2003) * * 1/2

quarta-feira, março 23, 2005

TRIBUTO A CAETANO VELOSO - PARTE 5

da polemização à fórmula perigosa

Estrangeiro (1989) * * *
Mais uma vez o problema está no lado B (considerando o vinil), ou a partir da sexta faixa. A rigor, temos três imensas composições aqui: "Estrangeiro", com sua letra que causou certa polêmica na época, mas que é muito inteligente e pertinente, "Outros Românticos" e "Jasper". E uma música muito fraca, uma das mais fracas de todo o repetório de Caetano: Meia Lua Inteira, de Carlinhos Brown, bom compositor, às vezes muito bom, mas que aqui escorregou feio. E a interpretação de Caetano de nada ajuda. Uma entressafra, sabemos agora.

Circuladô (1991) * * * * *
É impressionante como o músico tem uma enorme capacidade de aprender com os próprios erros. Por vias tortuosas, já que imagino que ele mesmo não tenha consciência disso, Circuladô é tudo que poderia ter dado certo em Estrangeiro, acrescido das doses exatas do que faltou àquele disco. Ou seja, tem os trechos em que ele ousa, mas sem se preocupar muito com um formato vendável de ousadia. Tem flertes sérios com a música regional, mas fazendo com que ela não pareça algo pra turista ver, ou algo regional como uma novela da globo. Eis Caetano de volta à sua grande forma, com um disco que condiz com sua genialidade. Não sou muito de ir a shows, em parte pelo tempo que se perde, mas o show desse disco eu vi e foi um dos grandes shows que vi na vida. Ah...e dessa vez o lado B é tão bom ou até melhor que o A. Destaques (quase tudo de novo): Fora da Ordem, Circuladô de Fulô, Boas Vindas, Itapuã, Santa Clara Padroeira da Televisão, Neide Candolina, A Terceira Margem do Rio, O Cú do Mundo.

Circuladô Vivo (duplo ao vivo) (1992) * * * * *
Como já disse, fui a um show dessa turnê. Então pouco tenho a acrescentara esse registro. Pelo que lembro, foi um enorme sucesso de vendas para os padrões dele. Covers muito boas de Michael Jackson (Black or White), Bob Dylan (Jokerman), Djavan (Oceano) e Roberto e Erasmo (Debaixo dos Caracóis dos Seus Cabelos), além de velhas releituras de sucessos dele mesmo ou de outros mais algumas canções do Circuladô fazem do disco o melhor registro ao vivo da carreira de Caetano.

Tropicália 2 (com Gil) (1993) * * * * *
Será que ele não se cansa de fazer obra-primas? Desta vez Gil também é culpado. Nunca o Brasil e a situação mundial, e como ela se relaciona com os brasileiros, foi tão bem comentada em disco. Temos "Haiti", que cutuca a política social do governo Itamar, "Cinema Novo", que acena para um diálogo entre o cinema que estava prestes a renascer por aqui e o cinema novo de Glauber Rocha e Nelson Pereira dos Santos, "Wait Until Tomorrow", uma brilhante versão para a música de Jimi Hendrix. Temos sobretudo a genial "As Coisas", faixa que beira o progressivo, composta por Gil e Arnaldo Antunes, e "Cada Macaco no Seu Galho", de Riachão. Muito mais revolucionário que o original Tropicália, que apenas compilava faixas mais radiofônicas dos trabalhos revoilucionários dos tropicalistas usuais, Tropicália 2 aponta para novas maneiras de se reler o samba e outras musicas populares brasileiras. Infelizmente, essas novas maneiras foram seguidas por muito poucos.

Fina Estampa (1994) * * * *
Um disco bonito, sem dúvida, que parece acenar para uma vontade de experimentar suas capacidades de crooner (essa vontade pelo jeito segue forte até hoje). No caso, são tangos e boleros cantados em espanhol, provando a imensa elasticidade de sua voz. Sucesso na terceira idade, prepara o cantor Caetano Veloso para uma espécie de nicho entre Roberto Carlos e Chico Buarque. Destaques: Tonada de Luna Llena, Recuerdos de Ypacarai, Pecado, Lamento Borincano, Vuelvo ao Sur.

Fina Estampa ao Vivo (1995) * * *
Ops...fórmula à vista. Um disco de estúdio, um disco ao vivo, e assim consecutivamente. Fórmula preguiçosa e, ao que parece, imposta pelas gravadoras, essas incorporações que lutam com todas as forças para destroir a integridade de seus artistas, além de contribuirem para a ignorância musical do país deixando de relançar muita coisa importante. Só escutei uma vez esse disco, mas na época me pareceu extremamente desnecessário, ainda que bonito e coisa e tal...Não deveria dar cotação? Ah...pode relaxar aí que eu não estou ganhando nada fazendo isso, só estou relatando impressões.

quinta-feira, março 17, 2005

Como na hora de comprar cds pra loja dou preferência às oportunidades, sem ligar muito para lançamentos caros que depois ficarão (muito) baratos, e não tenho baixado nada da internet, só agora pude escutar dois lançamentos, um de 2004, outro de 2003, que me interessavam. Graças a uma promoção da gravadora EMI (num de seus raros rompantes de bom senso).

Um deles é o mais recente de Grahan Coxon, Happiness in Magazines. O disco é legal e tal, mas comprova que era balela aquele papo de que Coxon era o gênio do Blur. Se houve um gênio por trás de discos como Parklife e The Great Escape, seu nome é Damon Albarn. Esse amálgama verdinho de Weezer e Pavement que tenho em mãos não me deixa mentir.

O outro é Hobo Sapiens, do maluquinho totalmente assimilado pelo mundo pop, John Cale. O disco não difere em nada de seus clássicos direcionados ao rádio (Vintage Violence é o melhor deles), só que tem uma roupagem mais moderna. Tem experimentalismo calculado, flertes com eletrônica, e um bom gosto reinante para melodias sinistras. Não é de seus melhores LPs, mas não faz feio diante dos outros.

quarta-feira, março 16, 2005

TRIBUTO A CAETANO VELOSO - PARTE 4

de A Outra Banda da Terra à cinefilia em disco

Outras Palavras (1981) * * * * *
Se Caetano, desde o começo, buscou a junção entre tradição e modernidade. Se ficou sempre, e propositadamente, numa encruzilhada entre o erudito e o popular, às vezes beirando graciosamente a música tida como "brega", talvez este disco seja o mais bem-sucedido de toda a sua carreira. Nele observamos com perfeição todo o trabalho musical do compositor, com arranjos pop, de fácil assimilação, mas com letras e métricas de uma originalidade poucas vezes igualada em qualquer lugar do mundo (e aí estou relativizando o uso das diferentes linguas - um paralelo seria Jacques Brel, com suas brincadeiras fonéticas, ou Leonard Cohen, com sua sensibilidade e perspicácia). Se eu tivesse que escolher um disco para exemplificar o que seria a carreira desse grande músico, provavelmente seria esse. Destaques?: Outras Palavras, Vera Gata, Lua e Estrela, Dans mon Île, Rapte-me Camaleoa, Tem Que Ser Você. Aliás, se tivesse que escolher uma só música, escolheria provavelmente Rapte-me Camaleoa.

Cores Nomes (1982) * * * *
Disco que confirmou a fase cor-de-rosa de Caetano. Fase que se encerraria com Velô, disco que conta com outra banda de apoio. Aqui, ainda com a Outra Banda da Terra, tem "Trem das Cores", uma das prediletas de sempre. Tem "Queixa", música perfeita para ilustrar o fim de uma relação. Dolorida e consciente como só Caetano conseguia ser. E tem uma das maiores canções escritas por ele, a incrivelmente pessoal e inusitada "Ele me Deu um Beijo na Boca", deliciosa faixa de sete minutos que brinca com a métrica e dialoga com o pai. Um encontro brilhante e sensível entre duas culturas, duas formações que não se excluem e se completam. Um hino ao aprendizado. Um clássico. Pena que o restante do disco caia bastante em comparação. "Sonhos" é melhor com o Peninha. Mas "Sina" tá bem legal.

Uns (1983) * * * * 1/2
Um grande disco, embora já não ache mais a obra-prima que achava quando o conheci. O lado B é desigual, mas os grandes momentos são muitos. É um disco mais pop que Cores Nomes. Mais fácil de ser digerido. E se não tem faixa tão genial quanto "Rapte-me Camaleoa" e "Ele me Deu um Beijo na Boca", tem as deliciosas "Uns", "A Outra Banda da Terra" (que exemplifica essa fase com precisão), "Vocé é Linda" e "Eclipse Oculto", música irmã de "Queixa", mas, como notou o amigo Pet, uma irmã mais descompromissada e solta, disposta a novas aventuras e a perdoar o outro lado.

Velô (1984) * * * * *
Curiosamente, Caetano já disse não ter gostado muito desse disco. Eu, pelo contrário, a cada ano gosto mais. Com uma nova banda (Banda Nova...desculpe), Caetano mergulha na new-wave e na febre de sintetizadores imbecis e sai de lá com uma pérola. Incrível a capacidade que ele tem de se banhar das piores coisas da época e sair com grande música. Vejam "Shy Moon", por exemplo. Tudo que ele podia fazer de errado, fez com essa canção. Mas algo de muito belo está por trás dela. Talvez seja até sua posição no disco, entre a esquisita "Sorvete" e a genial "Língua". Talvez fosse necessário ter quatro minutos de "Shy Moon" para melhor se apreciar "Língua". E o disco ainda tem "Quereres", "Podres Poderes", outra bela versão de "Nine Out of Ten" e a tocante e inacreditavel "O Homem Velho", espécie de homenagem à igualmente bela "O Velho", de Chico Buarque (1968).

Totalmente Demais, ao vivo (1986) * * * *
Caetano mandando muito bem ao vivo. Esse disco praticamente encerra a fase rosa, que muitos já chamaram de fase velô, ou fase totalmente demais. Com várias inéditas, o disco inaugura uma série de ao vivos de alta vendagem (alguns lançados de forma exagerada) e de qualidade indiscutível. Destaques: Vaca Profana, O Quereres, Pra que Mentir e Lealdade.

Caetano (1987) * * * *
Falava-se, à boca pequena, na época, que era o disco cinéfilo de Caetano, principlamente por causa de Giuletta Masina, a tocante homenagem à alma gêmea de Fellini. O próprio Caetano declarava na época que seu filme preferido era Noites de Cabíria. Várias outras canções têm uma capacidade onírica e imagética muito forte, e por isso o que o disco tem de irregular, tem também de recompensador para quem se disponha a escutá-lo com atenção. Ouça "Valsa de uma Cidade" e entenda o que estou dizendo. Mas a crise criativa se anuncia, e iria dar as caras fortemente no próximo disco, Estrangeiro. Mas isso fica na próxima parte.

sábado, março 12, 2005

TRIBUTO A CAETANO VELOSO - PARTE 3

da fase Odara à Outra Banda da Terra (...maputo rio, luanda lua nossa banda da terra é outra)

Doces Bárbaros (com Gil, Gal e Bethania) (1976) * * *
Um disco duplo, muito celebrado, mas um dos trabalhos mais complicados de todos os envolvidos. Gil vinha de um dos maiores discos já lançados (em qualquer lugar, qualquer época): Refazenda. Gal tinha acabado de lançar o Canta Caymmi, e antes, a obra-prima Cantar. Bethania vinha de Pássaro Proibido, um disco difícil e muito bonito. E Caetano vinha de uma série de obras fundamentais para nossa música. Pra que fazer esse disco? Pra ver se o enorme talento dos quatro resistia a um conjunto desigual de composições. Ficou provado que resistia, mas muito aquem do que se poderia esperar.

Bicho (1977) * * * * 1/2
A fase Odara em todo seu esplendor. Um disco que parece coletânea, tamanho o número de faixas que se tornaram clássicos do repertório do músico. Além de Odara, temos, O Leãozinho, Tigresa, Gente, Olha o Menino e a magistral Um Índio, numa versão bem superior à de Os Doces Bárbaros. Disco pop, distante das experimentações anteriores.

Muitos Carnavais (1977) * * * *
Disco delicioso e cheio de frevos. Incompreendido como muitos antes dele, Muitos Carnavais é a prova de que Caetano conhece a música brasileira como poucos. Além de estudioso e ouvinte atento, tem uma sensibilidade especial para o que cada estilo de nossa música tem de mais rico.

Maria Bethania e Caetano Veloso ao vivo (1978) * * *
Mais uma reunião de dois talentos que não deu muito certo. Mas talvez eu esteja sendo injusto, já que faz tempo que não escuto. É um bom disco, já que Caetano nunca gravou algo indigno, mas é decepcionante. Ou ao menos me pareceu quando reouvi pela última vez (calculo que tenha sido na época da primeira edição em CD da coleção de Caetano).

Muito (1978) * * * *
A impressão é de que esse disco foi pouco escutado, apesar de conter os grandes sucessos Terra e Sampa. É um dos mais difíceis de aparecer em LP, o que significa que não vendeu muito na época. Jóia, para se ter uma idéia, aparece com bem mais constância. É um disco meio indeciso, mas nem por isso menos belo. Muito Romântico é bem melhor com Roberto Carlos. São João Xangô Menino é uma maravilha. Se não me engano, é o primeiro disco com a Outra Banda da Terra. Não tenho Bicho aqui pra confirmar.

Cinema Transcedental (1979) * * * * 1/2
Mais um grande disco, esse sim, valorizado por quase todos os admiradores de MPB. Muitos chegam a considerar o grande disco de Caetano, no que discordo completamente. Talvez entre os dez melhores entre. É um grande disco, feito por alguém que fez e continuaria a fazer inúmeros grandes discos. Serve como um ensaio para o genial Outras Palavras. Destaques: Beleza Pura, Menino do Rio, Trilhos Urbanos e a genial Cajuína, canção de uma poesia arrebatadora e indiscutível.

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NOTA: o primeiro disco a contar com a chamada Outra Banda da Terra foi Bicho, de 1977. Confirmei no site do Arnaldo Brandão, já que no CD de Bicho não tem essa informação (como aliás, quase todos os cds de Caetano são muito pobres de informação). Estranhos caminhos pra se confirmar algo.

quinta-feira, março 10, 2005

hummm....

COF...COF...

bem...

vá lá...

METALLICA

Kill 'Em All (1983) * * * * *
Ride the Lightning (1984) * * * * *
Master of Puppets (1986) * * * * 1/2
Garage Days EP (1987) * * * *
...And Justice for All (1988) * * * *
Metallica (Black Album) (1991) * * 1/2
Load (1996) * *
Reload (1997) * *
Garage Inc. (1998) * * *
S&M (1999) * *
St. Anger (2003) *...e olhe lá

quarta-feira, março 09, 2005

TRIBUTO A CAETANO VELOSO - 2ª PARTE

da volta do exílio à experimentação radical

Barra 69 (com Gilberto Gil)(1972) * * * 1/2
O problema deste disco é que é muito mal gravado. No entanto, alguns registros são fundamentais. É a melhor versão de Cinema Olimpia, por exemplo, ainda que mal se escute o arranjo. Quem conhece essa extraordinária canção imagina como ela ficaria se o mesmo arranjo fosse bem gravado. Foi o show de despedida de Caetano e Gil no teatro Castro Alves.

Caetano e Chico Juntos e Ao Vivo (com Chico Buarque) (1972) * * * *
Sim, claro que da união de dois deuses da música se esperava mais. Mas o disco tem grandes momentos, sendo o melhor deles a junção de Você Não Entende Nada (de Caetano) com Cotidiano (de Chico), graciosamente forçada, e muito talentosa. Chico parece estar mais solto, mais consciente da reunião.

Araça Azul (1973) * * * * 1/2
É o campeão de devoluções da carreira de Caetano, e um dos discos mais incompreendidos da história de nossa música. Tem rock, baião, velha guarda, psicodelismo. Um caldeirão envolvendo tudo que encantava o músico na época, mas temperado com uma vontade de extrapolar os limites de cada estilo. Tudo muito Sugar Cane Fields Forever e Monsueto. Insista, até gostar. A recompensa é certa.

Temporada de Verão (ao vivo com Gil e Gal) (1974) * * * 1/2
Três músicos fantásticos que demoraram pra produzir algo na altura de seus potenciais quando reunidos. Bem...eu ousaria dizer que isso só aconteceu com Tropicália 2, de Caetano e Gil. Aqui, sente-se acima de tudo uma vontade de se divertir, e isso é altamente positivo. Mas as ousadias sonoras que cada um deles estava buscando fica um pouco escondida em prol de um formato mais pop. Mas confesso que há muito tempo não escuto, e posso estar enganado. Adoraria estar enganado.

Jóia (1975) * * * *1/2
Seria uma continuação de Araça Azul, mas é bem menos inquieto. Perto de seu disco gêmeo (Qualquer Coisa, lançado no mesmo ano), este é bem mais estranho, com músicas que se aproximam do minimalismo. Obviamente, pelo seu formato, tem algumas ordurinhas. Mas os momentos belos são muitos e intensos. Não é difícil achar quem prefira esse disco a qualquer outro lançado por Caetano.

Qualquer Coisa (1975) * * * * *
Mesmo o lado B sendo nitidamente mais fraco, o disco é uma senhora obra-prima. Lembro que ficava maravilhado com as primeiras faixas (no lado A) para depois curtir como que entorpecido o restante das músicas. Encaro esse disco como uma terapia: primeiro a tempestade, a tremedeira, o suor de quem está presenciando algo histórico; depois a calmaria, o relaxamento de quem ouve canções de ninar. Melhor que Let it Be, o disco homenageado na capa (aliás, das três covers de Beatles a melhor é Lady Madonna). O outro lado é Jóia.

terça-feira, março 08, 2005

A reprise da entrevista de Caetano Veloso no Jô Soares, na semana passada, me deu a idéia de prestar um tributo a esse gênio da música brasileira. Tributo em partes, pois sua discografia é imensa. Vai ser tudo de memória, então nem venham me malhar por eventuais erros.

PARTE 1 - Do nascimento da tropicália ao exílio

Domingo (com Gal Costa) (1967) * * * *
Disco um tanto indeciso, mas certamente encantador. Gal ainda não tinha descoberto seu talento, e Caetano ainda não fazia músicas tão adequadas à linda voz dela. Mas tem duas pérolas da carreira de ambos: Coração Vagabundo e Domingo. A versão de Maria Joana, linda canção de Sidney Miller, é de chorar.

Caetano Veloso (1967) * * * * 1/2
Um disco que sinaliza toda a gana pelo rock de Caetano nessa época. Um marco inaugural da tropicália, o verdadeiro ponto de partida de tudo que se fez sob essa bandeira. Clarice, No Dia em que Vim-me Embora, Superbacana, Paisagem Útil, Onde Andarás, Eles...a lista de clássicos é imensa.

Tropicália (com vários artistas)(1968) * * * 1/2
Pode ser excentricidade, ou sei lá o quê, mas apesar de inúmeras canções fabulosas, o disco nunca me pareceu coeso. Tem sua enorme importância histórica, vá lá, mas é um disco sem muita unidade. Funciona como uma sucessãode climaxes, em que ao final sempre me pergunto se houve alguma paixão na escolha do que entraria no disco. É bizarro, e talvez mereça até uma cotação melhor, mas raramente tenho vontade de escutar esse disco. Mesmo adorando todos e todas.

Caetano Veloso (1969) * * * * *
Um dos maiores discos lançados no Brasil. Caetano e Gil iriam pra Londres às pressas, num auto-exílio induzido (antes que o exílio fosse pior). Deixaram as bases de violão e as vozes para Rogério Duprat fazer os arranjos. Deu numa obra-prima que encerra o tropicalismo de maneira sublime (sem contar a sobrevida com a obra-pirma de estréia dos Novos Baianos, É Ferro na Boneca). Irene, Não Identificado, Alfômega, Os Argonautas e The Empty Boat são os destaques. Mas o disco inteiro é genial. É o famoso disco branco, com o nome de Caetano assinado em preto.

Caetano Veloso (1971) * * * *
A Little More Blue abre magistralmente esse disco mergulhado de Londres. É um disco triste, amargurado pela distância de sua terra. Mas belo, e incrivelmente antenado com o pop-folk que rolava na Inglaterra na época. Lembra Gilbert O'Sullivan em alguns momentos, justamente os mais belos do disco.

Transa (1972) * * * * *
A ponte Monsueto-Londres está erguida. Tradição e modernidade num disco essencial gravado no exílio, mas com olhos voltados para o Brasil. Quando foi lançado, Caetano já tinha voltado, e declarou na época que o disco lhe lembrava Londres e ao mesmo tempo a Bahia. O disco que o liberou definitivamente para o experimentalismo de Araça Azul, seu disco mais radicalmente desafiador. Não indico destaque algum. É um disco pra ser escutado na íntegra.

quarta-feira, março 02, 2005

Top 10 Duran Duran (canções):

1) Anyone Out There
Save a Prayer
3) Friends of Mine
4) Skin Trade
5) Shadows on Your Side
6) Sound of Thunder
7) The Chauffeur
8) Hold Back the Rain
9) Winter Marches On
10) New Moon on Monday

completariam a coletânea perfeita (e entrariam no Top dependendo do dia):

Cracks in the Pavement
Rio
New Religion
Planet Earth
Vertigo
Proposition
Tiger Tiger

terça-feira, março 01, 2005

Sinto falta da sede de conhecer novas bandas. Sinto falta de uma relação que se tinha com música, e que hoje, graças aos preços pornográficos praticados pelas gravadoras, não há como ter mais. Hoje, se você não baixa músicas da internet, ou não é muito rico e antenado, você provavelmente ficará por fora do que está rolando de bom no mundo musical. Post negativo e chorumelas de quem não entende as mudanças? Não, não mesmo. Quero entender as mudanças, quero baixar novos discos, quero conhecer novos artistas. Só estou no momento nostálgico, que privilegia uma relação romântica, de pegar um disco pra escutar e ficar olhando pra arte da capa (principalmente no LP). Fora que quem tem internet muito lenta, ou simplesmente não gosta de perder tempo navegando, deixa de conhecer muita coisa boa. Mudou muito essa relação com a música. Se é pior que antes, não sei (apesar de achar que sim), mas não quero ficar preso a um formato, nem deixar de gostar tanto de um disco por não ter sua arte em mãos durante a audição. Bem...comecei a adorar Four Tet sem saber como eram as capas, então acho que isso não acontece. Ou seja, é pior em uns aspectos, melhor em outros (há mais acesso às coisas, afinal, e isso é uma grande vantagem, sempre).

sábado, fevereiro 26, 2005

Talvez eu já tenha postado isso por aqui, já que toda vez que escuto um disco dele me empolgo, mas John Entwistle é um gênio absoluto. Smash Your Head Against the Wall, seu primeiro álbum solo, é de um ecletismo inigualável. Suas melodias são tão estranhas, com um arranjo que parece obedecer à uma única regra: não atrapalhar o som de seu baixo. De fato, Entwistle é o grande baixista do rock. Fazia no The Who uma cozinha perfeita, ao lado do ensandecido Keith Moon. O segundo disco dele, Whistle Rhymes é tão bom quanto Smash, e ainda mais esquisito. É pra quem gosta de hard, mas desde que admita outros estilos brigando para serem percebidos por trás das camadas de instrumentos no volume máximo. Lembra um tanto Moody Blues, apimentado por muita agressividade. Lemmy Kilmister, do genial Motorhead, o tem como uma das maiores influências. Destaques do álbum de estréia: "Pick me Up", "Heaven and Hell", "My Size" (hardão de tirar o fôlego), "Ted End" (uma pequena pérola sessentista) e, no CD, a versão para "Cinnamon Girl", clássico do Neil Young.

quinta-feira, fevereiro 24, 2005

Ouvindo agora "The Kindest Cut", uma das baladas mais belas dos últimos vinte anos. Bem, o disco todo é uma beleza. Joy 1967-1990 é, sem dúvida, o melhor disco do ultra vivid scene. E olha que eu gosto bastante do Rev ("...Candida on the run..."). Outros destaques do disco: "Three Stars", "Guilty Pleasure" e "Beuaty #2". Vale baixar as quatro pra começar com o pé direito com a banda. Na verdade, banda de um homem só: Kurt Ralske. É da trupe da 4AD, algo que nos anos 80 dava pra confiar bastante. Hoje, nem tanto. Entra na leva de bandas mais roqueiras do final dos anos 80, quando a gravadora buscava sair do estigma de templo do pop etéreo (Cocteau Twins e Dead Can Dance capitaneando). Dessa leva, surgiu Pixies, banda pra ninguém botar defeito.

segunda-feira, fevereiro 21, 2005

Ok...atendendo a pedidos, o sem-graça painel de cotações do Led Zeppelin. Sem graça por tratar-se de uma das minhas bandas preferidas. É quase tudo genial.

Led Zeppelin I (1969) * * * * ½
Led Zeppelin II (1969) * * * * *
Led Zeppelin III (1970) * * * * *
Led Zeppelin (IV) (1971) * * * * *
Houses of the Holy (1973) * * * * ½
Physical Graffitti (1975) * * * * *
The Song Remains the Same - duplo ao vivo (1976) * * *
Presence (1976) * * * ½
In Through the Out Door (1979) * * * * ½
Coda (1982) * * * *
BBC Sessions - duplo ao vivo (1997) * * * *
How the West Was Won - triplo ao vivo (2003) * * * *


ROBERT PLANT

Pictures at Eleven (1982) * * * ½
Principle of Moments (1983) * * * *
Shake 'n' Stirred (1985) * *
Now and Zen (1988) * * * ½
Manic Nirvana (1990) * * * ½
Fate of Nations (1993) * * *
Dreamland (2000) * * * *

JIMMY PAGE

Death Wish II (1982) * * *
Outrider (1988) * * *
Coverdale/Page (1993) * * *

JOHN PAUL JONES

Zooma (1999) * * * *

PAGE & PLANT

No Quarter (1994) * * *
Walking into Clarksdale (1998) * * * ½

THE FIRM

The Firm (1985) * * *
Mean Streets (1986) * * * * ½

THE HONEYDRIPPERS

The Honeydrippers (1984) * * *

sexta-feira, fevereiro 11, 2005

Cotações Doors, a banda mais superestimada de todos os tempos.

The Doors (1967) * * * 1/2
Strange Days (1967) * * *
Waiting for the Sun (1968) * * 1/2
The Soft Parade (1969) * * * *
Absolutely Live (1970) * * *
Morrison Hotel (1970) * * *1/2
L.A.Woman (1971) * * 1/2
Other Voices (1971) * *
Full Circle (1972) * *

sexta-feira, fevereiro 04, 2005

"É tão comum, que é underground". Com essa frase meu irmão definiu o que estava achando de Lali Puna (Lp Scary World Theory, 2001 * *). Concordo com ele. Tremenda decepção esse disco. Bem, talvez eu tenha começado pelo disco errado - li em algum lugar que tem mais dois - mas o que ouvi não justifica o barulho em torno da banda de uma garota só (Valerie Trebeljahr), que conta, pelo menos nesse disco, com três escudeiros. Li comparações com Notwist, mas deles este disco não tem um décimo. Darei nova chance, se o disco não vender antes disso, mas preferia tentar o EP ou o mais novo. Enquanto isso, Hooverphonic, que é mil vezes melhor, continua sem maior alarde.

quinta-feira, fevereiro 03, 2005

Eu gosto de coisas datadas. Deve ser por isso que gosto de tecno-pop e dos primeiros discos do OMD (Orchestral Manoeuvres in the Dark). Até o terceiro (Architecture & Morality, 1982 * * * * 1/2), o melhor disco deles, havia uma busca por uma sonoridade meio espacial meio festinha de adolescente, com aquele tecladinho tosco, mas que tinha melodias muito belas. Veja Souvenir, por exemplo. Foi o maior sucesso desse disco, e tem uma das linhas de teclado mais pueris que já ouvi. Mas até meu irmão, que despreza o tecno-pop como qualquer pessoa normal, acha legal. Com Dazzle Ships (1983 * * *) veio a necessidade de experimentar, e o disco tem grandes momentos, mas é meio sacal de ouvir numa tacada só. Junk Culture inicia uma fase em que eles se acostumaram a ser um sub-Pet Shop Boys, com alguns momentos dignos (muita coisa do LP Crush, faixas "Forever Live and Die", "Seven Seas of Love" dos LPs seguintes...) no meio de um monte de canções insípidas.

segunda-feira, janeiro 24, 2005

Um aviso: o HPG foi vendido para o IG, que, com toda a sua escrotidão bloqueou a entrada no site Tem Que Acontecer, minha amadorística experiência na confecção de Home Pages. Se alguém tentar entrar no link ao lado, vai conseguir navegar por uma minoria de páginas. Vou tentar disponibilizar por aqui os arquivos que eu não tiver perdido, tirando alguns que são muito ruins...

quinta-feira, janeiro 20, 2005

Seguindo com a picaretagem, deliciosa, mas que denota uma preguiça…

Cotações KISS:

Kiss (1974) * * * * *
Hotter Than Hell (1974) * * * *
Dressed to Kill (1975) * * * * ½
Alive (1975) * * * ½
Destroyer (1976) * * * * ½
Rock 'n' Roll Over (1976) * * * *
Love Gun (1977) * * * * ½
Alive II (1977) * * * *
Paul Stanley (1978) * * *
Gene Simmons (1978) * * * ½
Ace Frehley (1978) * * * *
Peter Criss (1978) * * *
Dynasty (1979) * * * *
Unmasked (1980) * * * * ½
The Elder (1981) * * * * *
Creatures of the Night (1982) * * *
Lick it Up (1983) * * * ½
Animalize (1984) * * ½
Asylum (1985) * *
Crazy Nights (1987) * *
Hot in the Shade (1989) * *
Revenge (1992) * * ½
Alive III (1993) * * *
MTV Umplugged (1994) * *
Carnival of Souls (1996) * * ½
Psycho Circus (1998) * * ½
Alive IV: Synphonic (2003) nunca ouvi, e tenho muito medo


Comentários:

- Destroyer só não foi o terceiro disco a ganhar as cinco estrelas por causa de Great Expectations, com aquele coral constrangedor.
- Faz muito tempo que não ouço os discos "solo" de 1978 (com a exceção do disco do Ace que entrou em vinil na loja no ano passado). Minhas cotações foram de lembrança. Em tempo: a cotação do disco do Ace era a mesma.
- Revenge, Carnival e o Umplugged eu só ouvi no máximo três vezes, faz tempo. Talvez eu tenha sido rigoroso com eles. Ou condescendente.
- É isso mesmo. As duas obras-primas do Kiss são o primeiro e o The Elder. Nisso que dá ser ultrajantemente eclético.

sexta-feira, janeiro 14, 2005

Gostar de Kiss é normal. Mas descobri que ADORO Kiss. Tudo porque escutei os três discos mais injustiçados da carreira deles (Dinasty, Unmasked e The Elder) numa tacada só, todos em vinil. Considero esses três discos melhores (OK...Dinasty menos que os outros) que tudo que eles fizeram depois. No entanto, na época de Creatures of the Night, disco apenas bonzinho, muitos disseram que era uma volta à velha forma de Destroyer e Love Gun. Besteira...Unmasked é uma pérola pop como a banda sempre sonhou fazer, desde o fenomenal primeiro disco. E The Elder é um grande risco, já que não se parece com nada do que eles haviam feito antes. E tem "Odyssey", com Paul Stanley pensando que é Neil Diamond. O disco é uma obra-prima, desde a capa até o conceito, um filme imaginário, mas que muitos dizem existir. Assim que sobrar um tempo mando as cotações do Kiss. Queria reouvir alguns antes.

quarta-feira, janeiro 05, 2005

Estava ouvindo Rainbow (Bent Out of Shape, 1983), com Jon Lynn Turner segurando o microfone. Acho que o chorão só se deu bem no Rainbow, sob a batuta de Richie Blackmore. Slaves and Masters, sua participação infame no Deep Purple, não só é o pior disco da banda (bem...Bananas é constrangedor, mas é melhor pensar que ele nunca existiu), como um dos discos mais patéticos já feitos. Odissey, de Yngwie Malmsteen é um pouco melhor, mas é fraco. Já os três que fez com o Rainbow (Difficult to Cure, Straight Between the Eyes e Bent Out of Shape) são muito bons, em parte pela mão boa para melodias de Blackmore.
Outra coisa: dos três discos, Bent Out of Shape é o que mais mergulha no pop radiofônico, mas o faz com uma desenvoltura impressionante. "Street of Dreams", "Can't Let You Go" e "Desperate Heart" (esta com um teclado brega toda vida) são as melhores. AOR de primeira, com melodias irresistíveis, que não são tão fáceis como parecem.