terça-feira, junho 07, 2005

Gosto muito do Nirvana de Kurt Cobain, aquela banda que causou frisson com uma mescla muito boa de barulho e melodia, com um baixão (inspirado frequentemente em Killing Joke, é verdade) forte e marcante. Mas há um outro Nirvana, bem menos barulhento (ou quase nada barulhento), e ainda mais genial que a banda de Seattle. O Nirvana inglês (em catálogos é comum ler Nirvana UK) lançou seus discos no final dos anos 60, e começou como um Kinks menor no ótimo Story of Simon Symopath (1967 * * * *). Em 1968, lançaram a obra-prima All of Us que tem a melhor faixa instrumental já lançada por uma banda popular: "The Show Must Go On" (que me desculpem "Lonely", do Lovin' Spoonful e "Laguna Sunrise", do Black Sabbath...e mais um monte que estou esquecendo). O disco ainda tem "Everybody Loves the Clown", que é inacreditável e muito boa. Em seguida, o turbulento (Dedicated) to Marcus III, nova obra-prima de 1969, que teve vários problemas internos e com a gravadora, e tem uma das baladas mais pungentes de que se tem notícia: "The World is Cold Without You". Infelizmente nunca escutei o quarto disco (Local Anaesthetic, com apenas duas faixas). Dizem que um empresário espertalhão quis processar o Nirvana americano pelo uso do nome, mas os integrantes das duas bandas se encontraram e tudo terminou em pizza.

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