sábado, fevereiro 26, 2005

Talvez eu já tenha postado isso por aqui, já que toda vez que escuto um disco dele me empolgo, mas John Entwistle é um gênio absoluto. Smash Your Head Against the Wall, seu primeiro álbum solo, é de um ecletismo inigualável. Suas melodias são tão estranhas, com um arranjo que parece obedecer à uma única regra: não atrapalhar o som de seu baixo. De fato, Entwistle é o grande baixista do rock. Fazia no The Who uma cozinha perfeita, ao lado do ensandecido Keith Moon. O segundo disco dele, Whistle Rhymes é tão bom quanto Smash, e ainda mais esquisito. É pra quem gosta de hard, mas desde que admita outros estilos brigando para serem percebidos por trás das camadas de instrumentos no volume máximo. Lembra um tanto Moody Blues, apimentado por muita agressividade. Lemmy Kilmister, do genial Motorhead, o tem como uma das maiores influências. Destaques do álbum de estréia: "Pick me Up", "Heaven and Hell", "My Size" (hardão de tirar o fôlego), "Ted End" (uma pequena pérola sessentista) e, no CD, a versão para "Cinnamon Girl", clássico do Neil Young.

quinta-feira, fevereiro 24, 2005

Ouvindo agora "The Kindest Cut", uma das baladas mais belas dos últimos vinte anos. Bem, o disco todo é uma beleza. Joy 1967-1990 é, sem dúvida, o melhor disco do ultra vivid scene. E olha que eu gosto bastante do Rev ("...Candida on the run..."). Outros destaques do disco: "Three Stars", "Guilty Pleasure" e "Beuaty #2". Vale baixar as quatro pra começar com o pé direito com a banda. Na verdade, banda de um homem só: Kurt Ralske. É da trupe da 4AD, algo que nos anos 80 dava pra confiar bastante. Hoje, nem tanto. Entra na leva de bandas mais roqueiras do final dos anos 80, quando a gravadora buscava sair do estigma de templo do pop etéreo (Cocteau Twins e Dead Can Dance capitaneando). Dessa leva, surgiu Pixies, banda pra ninguém botar defeito.

segunda-feira, fevereiro 21, 2005

Ok...atendendo a pedidos, o sem-graça painel de cotações do Led Zeppelin. Sem graça por tratar-se de uma das minhas bandas preferidas. É quase tudo genial.

Led Zeppelin I (1969) * * * * ½
Led Zeppelin II (1969) * * * * *
Led Zeppelin III (1970) * * * * *
Led Zeppelin (IV) (1971) * * * * *
Houses of the Holy (1973) * * * * ½
Physical Graffitti (1975) * * * * *
The Song Remains the Same - duplo ao vivo (1976) * * *
Presence (1976) * * * ½
In Through the Out Door (1979) * * * * ½
Coda (1982) * * * *
BBC Sessions - duplo ao vivo (1997) * * * *
How the West Was Won - triplo ao vivo (2003) * * * *


ROBERT PLANT

Pictures at Eleven (1982) * * * ½
Principle of Moments (1983) * * * *
Shake 'n' Stirred (1985) * *
Now and Zen (1988) * * * ½
Manic Nirvana (1990) * * * ½
Fate of Nations (1993) * * *
Dreamland (2000) * * * *

JIMMY PAGE

Death Wish II (1982) * * *
Outrider (1988) * * *
Coverdale/Page (1993) * * *

JOHN PAUL JONES

Zooma (1999) * * * *

PAGE & PLANT

No Quarter (1994) * * *
Walking into Clarksdale (1998) * * * ½

THE FIRM

The Firm (1985) * * *
Mean Streets (1986) * * * * ½

THE HONEYDRIPPERS

The Honeydrippers (1984) * * *

sexta-feira, fevereiro 11, 2005

Cotações Doors, a banda mais superestimada de todos os tempos.

The Doors (1967) * * * 1/2
Strange Days (1967) * * *
Waiting for the Sun (1968) * * 1/2
The Soft Parade (1969) * * * *
Absolutely Live (1970) * * *
Morrison Hotel (1970) * * *1/2
L.A.Woman (1971) * * 1/2
Other Voices (1971) * *
Full Circle (1972) * *

sexta-feira, fevereiro 04, 2005

"É tão comum, que é underground". Com essa frase meu irmão definiu o que estava achando de Lali Puna (Lp Scary World Theory, 2001 * *). Concordo com ele. Tremenda decepção esse disco. Bem, talvez eu tenha começado pelo disco errado - li em algum lugar que tem mais dois - mas o que ouvi não justifica o barulho em torno da banda de uma garota só (Valerie Trebeljahr), que conta, pelo menos nesse disco, com três escudeiros. Li comparações com Notwist, mas deles este disco não tem um décimo. Darei nova chance, se o disco não vender antes disso, mas preferia tentar o EP ou o mais novo. Enquanto isso, Hooverphonic, que é mil vezes melhor, continua sem maior alarde.

quinta-feira, fevereiro 03, 2005

Eu gosto de coisas datadas. Deve ser por isso que gosto de tecno-pop e dos primeiros discos do OMD (Orchestral Manoeuvres in the Dark). Até o terceiro (Architecture & Morality, 1982 * * * * 1/2), o melhor disco deles, havia uma busca por uma sonoridade meio espacial meio festinha de adolescente, com aquele tecladinho tosco, mas que tinha melodias muito belas. Veja Souvenir, por exemplo. Foi o maior sucesso desse disco, e tem uma das linhas de teclado mais pueris que já ouvi. Mas até meu irmão, que despreza o tecno-pop como qualquer pessoa normal, acha legal. Com Dazzle Ships (1983 * * *) veio a necessidade de experimentar, e o disco tem grandes momentos, mas é meio sacal de ouvir numa tacada só. Junk Culture inicia uma fase em que eles se acostumaram a ser um sub-Pet Shop Boys, com alguns momentos dignos (muita coisa do LP Crush, faixas "Forever Live and Die", "Seven Seas of Love" dos LPs seguintes...) no meio de um monte de canções insípidas.