sábado, setembro 22, 2007


Em Ligeiramente Grávidos, belo filme que estreou nesta sexta-feira, Seth Rogen ataca e Paul Rudd defende o Steely Dan, maravilhosa banda novaiorquina que mistura jazz, soul, country e rock com muita elegância. Claro, é som de quem tem mais de trinta anos, o que não impede os mais jovens de gostar também (porque classificações desse tipo são sempre equivocadas).

Can't Buy a Thrill (1972) * * * *
Tem "Do it Again", a mais famosa, mas as melhores são "Dirty Work" e "Turn That Heartbeat Over Again".

Countdown to Ecstasy (1973) * * * *
No mesmo altíssimo nível do anterior, tem duas faixas que valem o disco: "Bodhisattva" e Show Biz Kids".

Pretzel Logic (1974) * * * * *
Sem dúvida o melhor disco dos caras. "Ricky Don't Loose That Number" e Through With Buzz", que emenda com a excelente faixa título, são para colocar no repeat e deixar tocar várias vezes.

Katy Lied (1975) * * *
Depois do melhor disco deles, vem o mais fraco, pelo menos antes da volta em 2000. Mas tem "Bad Sneakers", pra provar que é só uma pequena entressafra.
The Royal Scam (1976) * * * * *
Nova obra-prima, um disco quase tão bom quanto Pretzel Logic. Talvez seja o disco mais dançante da banda. O grande destaque é para "Green Earrings" e "Don't Take me Alive".

Aja (1977) * * * *
Quase ganhou a cotação máxima. Digamos que é o terceiro melhor disco da banda. "Peg" se sobressai com sua pegada irresistível. Se o anterior era o mais dançante, este pode ser considerado o mais classudo.

Gaucho (1980) * * *
É o disco que tem o mega-hit "Hey Nineteen". E começa com "Babylon Sisters", outro clássico. Mas não está entre os melhores deles.
Alive in America (1995) - nunca ouvi, mas a banda nunca foi muito bem falada por seus shows.

Two Against Nature (2000) * * *
Agradável de se ouvir, mas perde pra qualquer disco solo de Donald Fagen.

Everything Must Go (2003) * * *
Um pouco melhor que o anterior, mas ainda um tanto engessado. Esses dois últimos discos eu só escutei em CD, e poucas vezes, fica difícil lembrar quais as faixas que mais gostei. Reouvirei assim que os festivais de cinema acabarem, e farei um post aqui se descobrir alguma injustiça.

DONALD FAGEN

The Nightfly (1982) * * * *
Apesar do hit "New Frontier" assustar bastante, o disco é delicioso, com destaque para "Ruby Baby" e "I.G.Y.", também hits.

Kamakiriad (1993) * * * * *
O disco para uma festa perfeita, mas também o disco perfeito para uma longa viagem de carro.

Morph the Cat (2006) * * * *
Muito suingue e letras que falam da proximidade da morte. Um disco ao mesmo tempo alegre e muito triste.

WALTER BECKER

11 Tracks of Whack (1994) * * *
Um disco simpático e bem eclético, mas sem a força e a classe dos discos da banda. Fez com que muita gente na época afirmasse que Donald Fagen não era 70% da banda, como se achava, mas 90%, o que talvez seja injustiça.

quarta-feira, setembro 19, 2007


Uriah Heep, banda injustiçada, hard rock com backing vocals esganiçados, teclados hammond distorcidos, e refrões ganchudos. São bregas na maior parte do tempo, do tipo que qualquer crítico musical descolado odeia até a morte. Mas são muito bons, principalmente nos anos 70. Esses dois aí de cima são os clássicos, respectivamente o quarto e o quinto discos, o auge da banda, com David Byron no vocal - também conhecido como o Belchior do Reino Unido. Tão bons quanto o Deep Purple, mas poucos reconhecem.

As cotações:

Very 'Eavy Very 'Umble (1970) * * *

"se essa banda fizer sucesso, eu comito suicídio" - um crítico do Melody Maker

Salisbury (1971) * * * *

Um arraso da guitarra de Mick Box na faixa título.

Look at Yourself (1971) * * * *

Ensaiando algo grande

Demons and Wizards (1972) * * * * *

Algo grande

The Magician's Birthday (1973) * * * * *

Pop perfeito e hard prog convivem harmoniosamente.

Live (1973) * * * *

David Byron é mestre.

Sweet Freedom (1973) * * * *

Meu primeiro e inesquecível contato com a banda.

Wonderworld (1974) * * *

Não é fraco como muitos dizem, e não é bom como a fase faria supor.

Return to Fantasy (1975) * * * *

John Wetton (baixo) rules.

High and Mighty (1976) * *

Sempre uma nova chance, sempre a decepção. Último com David Byron.

Firefly (1977) * * * *

John Lawton (ex-Lucifer's Friend) assume com seu vocal fenomenal.

Innocent Victim (1977) * * * *

O pop perfeito e gostosamente brega está de volta com "Free Me".

Fallen Angel (1978) * * * *

Meu guilty pleasure. Disco tão errado quanto delicioso.

Conquest (1980) *

Stevie Wonder errou de endereço.

Abominog (1982) * * * *

O triunfo do AOR.

Head First (1983) * *

A derrocada do AOR

Equator (1985) mico

Sem comentários

Raging Silence (1989) *

Bernie Shaw what???

Different World (1991) * *

Hummmm

Sea of Light (1995) - nunca ouvi... falha minha

Sonic Origami (1998) * * *

"De onde menos se espera, é de onde não sai nada mesmo.". A frase de Millôr Fernandes é desafiada por este disco surpreendente.

Depois disso perdi o contato. E o monte de ao vivos que a Castle lançou não me entusiasmou. Prefiro ficar com os dois primeiros solos de Ken Hensley (o tecladista/guitarrista/compositor dos discos clássicos)