sexta-feira, janeiro 23, 2004

demorou, mas aí está: a lista dos melhores discos lançados em 2003. deixei de ouvir muita coisa que poderia entrar, mas não dá pra ouvir tudo mesmo, né?

1) Radiohead - hail to the thief

2) The White Stripes - elephant

3) Throwing Muses - throwing muses

4) Stephen Malkmus - pig lib

5) The Strokes - room on fire

6) Blur - think tank

7) Notwist - the neon golden

8) Electric Six - fire

9) Califone - quicksand / rattlesnakes

10) Cat Power - you are free.

quase entraram os novos de: killing joke, four tet, david bowie, nick cave, black rebel motorcycle club.

não pude ouvir, e lamento, os discos do OutKast, do Manitoba, do Jonh Cale, do Calexico e tantos outros que poderiam estar entre os melhores. uma pena.

decepções do ano: Jane's Addiction, Rapture, Postal Service, Libertines, Cardigans, Soft Cell...

quarta-feira, janeiro 14, 2004

reouvindo a bizarrice do Pop Will Eat Itself (PWEI!). o primeiro disco, Box Frenzy, de 1987. é um ensaio para o grande this is the day...this is the hour...this is (88). aqui já está presente a mistura de estilos (hip-hop, house, heavy metal, punk...) que faria a graça do grupo. e, convenhamos, "there is no love between us anymore" e "hit the hi-tech groove" são clássicos absolutos.

terça-feira, janeiro 13, 2004

The Cars. bela banda da new wave, que apurou seu estilo guitarrinha discreta com tecladinho de festa até chegar ao ápice com o quarto disco, o fenomenal shake it up (81*****). é o disco que tem uma das baladas mais lindas do periodo, "I'm not the one". em heartbeat city (83***1/2), a fórmula já aparece diluída, mas tem "Magic", "Drive" e "Heartbeat City" para garantir os momentos de encanto. ocasek meteu-se com produção de discos, fez alguns solos, mas parece que preferiu ficar por trás da mesa de edição. era um mago do pop na passagem dos 70s para os 80s.
só pra provocar, como ouço agora Depeche Mode, vai aí meu TOP 5 de LPs da banda:

1) Violator

2) Black Celebration

3) Construction Time Again

4) Songs of Faith and Devotion

5) A Broken Frame

não resisto: após uma primeira audição de Lipstick Traces (manic street preachers), restam duas fortes impressões.
1) o disco 1 está a altura da banda, sendo até melhor que This is my truth tell me yours, superestimado álbum de 1998.
2) o disco 2, só de covers, vai do OK ("didn't my lord deliever daniel", "we are all burgeois now") ao medonho ("raindrops keep falling on my head" - onde assassinam bacharach -, "out of time"), passando pelo medíocre da reverência excessiva (quase todas as outras). preciso reouvir, mesmo porque adoro a banda (desde que não grave material alheio). prometo que retornarei ao disco em breve.
finalmente consegui (com preço decente) o Lipstick Traces, disco de lados B e raridades da excelente banda galesa Manic Street Preachers. pela primeira audição, a qual se realiza neste exato momento, dá pra ver que mesmo nos outtakes a energia e o tino pop continuam. mais comentários depois de pelo menos duas novas audições.

sábado, janeiro 03, 2004

depois que eu percebi que a opinião do All Music Guide sobre os discos do inxs é muito parecida com a minha. foi por acaso. se eu fosse copiar alguém não seria eles que colocam o critério vendagem em primeiro lugar.
continuando a cruzada contra o preconceito musical (aquele que reza a impossibilidade de se gostar de a-ha e slayer ao mesmo tempo). escuto agora, com alguns pipocos, o vinil de Underneath the Colours, segundo Lp do inxs (de 1981 **). ainda engatinhavam, mas este é um pouco melhor que o primeiro (inxs, 1980 *1/2), e um pouco inferior ao terceiro, o aclamado Shabooh, Shoobah (1982**1/2). considero que a banda começou mesmo com o quarto LP, o delicioso The Swing (1984****), que além do mega-hit Original Sin, ainda nos oferecia Johnson's Aeroplane, talvez a melhor canção do grupo. o estouro foi inevitável, culminando com o mais vendido Kick (1987****), uma explosão funkeada regada de muito chic e sly & the family stone, e passando pelo mágico Listen Like Thieves (1985****1/2), pérola pop de melodias belí­ssimas. mas o melhor álbum deles ainda estava por vir. seria o injustiçado Welcome to Wherever you are (1992****1/2), álbum que sucedeu o "mais-do-mesmo" X (1990***), e que buscava outra abordagem na mistura dos mesmos ingredientes. algo mais básico, como os primeiros LPs, acrescidos de maturidade. Full Moon Dirty Hearts (1993***1/2) não é a bomba que pintaram. muito pelo contrário. trata-se de uma continuação do som mais direto procurado em welcome... já Elegantly Wasted (1997**) é uma pálida repetição do que eles fizeram antes. dá pra achar em vinil, baratinho, os discos clássicos. comece com Listen like thieves ou welcome to wherever you are. você não vai se arrepender.