quinta-feira, agosto 28, 2008

(atendendo a pedidos)
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cotações Rolling Stones:
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The Rolling Stones (1964) * * *
The Rolling Stones Nº 2 (1965) * * * *
The Rolling Stones Now (1965) * * *
Out of Our Heads (1965) * * *
December's Children (1965) * * * *
Aftermath (1966) * * * * *
Got Live if You Want it (1966) * * *
Between the Buttons (foto) (1967) * * * * *
Flowers (1967) * * * * *
Their Satanic Majestie's Request (1967) * * * *
Beggar's Banquet (1968) * * * * *
Let it Bleed (1969) * * * *
Get Yer Ya Ya's Out (1970) * * * *
Sticky Fingers (1971) * * * * *
Exile on Main Street (1972) * * *
Goat's Head Soup (1973) * * *
It's Only Rock 'n' Roll (1974) * *
Black and Blue (1976) * * * *
Love You Live (1977) * *
Some Girls (1978) * * * * *
Emotional Rescue (1980) * * * *
Tattoo You (1981) * * * * *
Still Life (1982) * * * *
Undercover (1983) *
Dirty Work (1986) *
Steel Wheels (1989) * *
Flashpoint (1991) * *
Voodoo Lounge (1994) * *
Striped (1995) * *
Bridges to Babylon (1997) * * *
No Security (1998) * *
Love Licks (2004) * * *
A Bigger Bang (2005) * * *
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obs: decidi manter algumas coletâneas dos anos 60 por terem músicas lançadas apenas em compactos, ou em edições para mercados específicos. São quase consideradas discos de carreira por isso.
obs-2: Let it Bleed e Emotional Rescue ficam sempre muito perto de ganhar a quinta estrela.
obs-3: Sim, é uma grande banda que perdeu o caminho no começo da década de 80.

sábado, agosto 16, 2008

"I'll show you where the white lillies grow
On the banks of Italy
I'll show you where the white fishes swim
At the bottom of the sea"

O baixo, a levada agradável, a voz mágica de Maddy Prior...

"Demon Lover", sexta faixa do disco Commoner's Crown (1975), da banda Steeleye Span. É uma canção tradicional, como várias outras que o grupo interpretou. Se essa versão deles, essa pequena grande sexta faixa desse disco (de que, aliás, já gostei mais um dia - monstrou-se irregular nesta nova reaudição) tido como dos melhores do folk britânico, deve ser o pedaço de música pop mais bonito que eu já ouvi.

É para ouvir no mínimo dez vezes, como estou fazendo agora. Não há horário de trabalho que resista a coisa tão bela.

Depois vale colocar na segunda, "Bach Goes to Limerick", maravilha de instrumental.

terça-feira, agosto 12, 2008

Falando em NWOBHM (New Wave of British Heavy Metal), há uma distância entre um extremo e outro que daria para contornar todo o mapa do metal mundial. Do Quartz ao Atomkraft, por exemplo, dá para vislumbrar várias das tendências que dominaram o gênero nos anos 80. Costumo dizer que tirando algumas exceções, a maioria dos discos da NWOBHM conjugam o melhor e o pior do rock, muitas vezes dentro até de uma mesma faixa.

No caso do Quartz isso fica mais evidente. Reouvi Stand Up and Fight (1980), e a impressão era a de ouvir um best of e um worst of ao mesmo tempo. Metal classicista, melódico, com muita influência dos anos 70, mas já buscando uma sonoridade oitentista (nos melhores momentos), e com o vocal de Mike Taylor soando parecido demais com o de Kevin DuBrow (do Quiet Riot), o que não é nada bom.
Atomkraft era da turma do Venom, e lembro também de alguma conexão com o Motorhead (mas não lembro qual). É considerado NWOBHM na BNR, mas é power metal, com quase ausência total de melodia, e muita fúria nas guitarras. Seu álbum de estréia, Future Warriors (1985), é bem coeso, mas não chega a empolgar como quando eu o escutava na época. Num canal a guitarra endiabrada, voando feito louca. No outro, a batida pontual e o baixo funcional. Era um power trio, mas o som era de quarteto (ao contrário do Venom, eles gravavam guitarras sobrepostas, falseando o que era para ser a sonoridade de um trio).
Discos de NWOBHM que não vingaram nas paradas, mas são fantásticos de cabo a rabo se contam nos dedos: Satan (Court in the Act), Blitzkrieg (A Time of Changes), Vardis (Quo Vardis), Raven (Rock Until You Drop)... e mais uns dois ou três que eu esteja esquecendo. O restante estourou como Saxon, Iron Maiden, Judas Priest, ou teve seus momentos, como Blind Fury, Nightwing, Girl e tantas outras bandas simpáticas.

sábado, agosto 09, 2008

Taxi de emergência para o Metrô. 8 minutos apenas. Entrei tava tocando a introdução de Joe's Garage, uma das obras-primas do Zappa ("this is the central scruuuuuutinizer..."). Emenda com "You Don't Remember, I'll Never Forget", uma das poucas coisas realmente boas de Yngwie Malmsteen (LP Trilogy), com o taxista empolgado, batucando no volante ao ritmo da música. Aí percebo que o cara é gigante, e tem um monte de tatuagens de caveira no braço. Pensei, deve vir mais metal em seguida. Que nada. "Kiss on My List", dos geniais Daryl Hall & John Oates.

segunda-feira, agosto 04, 2008

Um paralelo nada óbvio, mas impressionante. Tava ouvindo o compacto que Ney Matogrosso fez com Fagner em 1975, uma obra-prima. Foi inevitável pensar que a decadência da MPB é a maior decadência que eu já vi em qualquer forma artística. O que foi, e o que é hoje, quando Maria Rita é saudada como genial e um monte de outras cantoras que cantam quase igual surgem a cada mês com um repertório de fazer vergonha ao passado de nossas canções (salvo raras exceções).

Aí penso no pop mais descartável feito para o mercado americano (seja nos EUA mesmo ou na Inglaterra), e percebo o quanto esse pop descartável se manteve digno de interesse. Um exemplo é Britney Spears, que após dois discos bem simpáticos, partiu para uma redefinição de si mesma, e de uma confrontação com os limites de sua estatura pop no terceiro e excelente Britney, de 2001, com a espetacular "Overprotected". No quarto, o In The Zone que ilustra este post, o mega-hit "Toxic", canção capaz de pulverizar nossos auto-falantes. Esse disco é uma consolidação do que ela ensaiava brilhantemente em Britney.

Em 2007, gorduchinha e vulgarizada, lança o impressionante Blackout, seu disco mais redondo (sem trocadilhos) até então. Tão redondo que nem sei quais canções destacar. Precisaria ouvir novamente. Também é o que tem menos momentos baixos, pelo mesmo motivo.

Agradecimentos aos novos e queridos amigos. Um me presenteou com boa parte do que escutei ontem e hoje, outra ofereceu o local para que Blackout ecoasse poderoso.