quarta-feira, fevereiro 27, 2008



É incrível como o primeiro disco do Soft Cell - Non Stop Erotic Cabaret (fotos das capas do vinil) -, de 1981, é uma obra-prima histórica. Uma viagem pelos pulgueiros sexuais mais baratos, sórdidos e sujos; uma ode à perversão e à libidinagem. As letras de Marc Almond são do nível das melhores que Lou Reed já fez. E as melodias até hoje me impressionam. Lembro de ter dito isso a um amigo certa vez, e ele me ridicularizou. Achava um absurdo que tal disco fosse tão bom. Jogando verde alguns meses depois, citei novamente o disco, e ele concordou que era uma obra-prima. É impressonante que nunca tenha sido lançado em CD no Brasil, e até outro dia não existia nos EUA também. Uma das maiores obras dos anos 80, em toda arte pop. Desculpe a empolgação, mas o disco é realmente demais.

quinta-feira, fevereiro 21, 2008


São dois discos de 1983. Fazia uns vinte anos que eu não ouvia The Romantics, banda que começou meio hard rock poser punk e virou new-romantic com tintas de AOR (Adult Oriented Music). Motivado pelas vinhetas da VH1, resolvi ouvir o disco deles do tal ano, In The Heat (depois da virada de estilo), para comprovar que a úncia música boa (e, no caso, muito boa) é a da vinheta: "Talking In Your Sleep". As restantes são um arremedo do pior que se fazia na época, algo entre um Visage com defeito e um Adam & the Ants sem 1% da genialidade. Uma pena.
Aí o jeito foi passar para outro disco de 1983, o clássico Thriller, de Michael Jackson, que acabou de sair em versão comemorativa de 25 anos, cheia de bônus e outras frescuras mais (para obrigar o fã que já havia comprado a remasterizada definitiva que saiu anos atrás comprar de novo - haja falta de respeito). Não é tão bom quanto Off the Wall (1979), mas é um belo disco. Só "Billy Jean", "The Girl is Mine" e "Human Nature" bastam para justificar a fama do disco. Serviu também para reabilitar o estranho ano de 1983 (decadência da new-wave, da black music e do pós-punk, ano de entressafas no Heavy Metal e de indecisões no hip-hop e no tecno-pop.

atualização: Thriller, na verdade, foi lançado em 1982. Minha memória é da época do lançamento nacional, e com isso não fui verificar. Foi mal. Obrigado ao leitor João Carls, que me avisou.
Não chega perto da obra-prima I Am Shelby Lynne, mas é bem bonito. Daquele tipo de disco que te cativa aos poucos, demora para se afirmar, mas quando o faz, te pega de jeito.

domingo, fevereiro 10, 2008

Redescobrindo Adam and the Ants. Lançaram três belos discos entre 1979 e 1981. O melhor deles é esse aí da foto, Kings of the Wild Frontier (1980). É nele que está "Antmusic", um hino do pós-punk tribal, a meio caminho da new-romantic que eles imortalizariam no álbum seguinte, Prince Charming (1981), com o hit "Stand and Deliver". Junto do Duran Duran, foram a banda chave do início dos anos 80 na Inglaterra, mas infelizmente ainda são subestimados. Procurem também Friend or Foe (1982), o primeiro e sensacional solo de Adam Ant. O grande hit do disco é "Goody Two Shoes".

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adendo: descobri agora que a música "Relax, Take it Easy", do Mika, é um plágio descarado de "(I Just) Died in Your Arms", do Cutting Crew. Como o plágio é melhor, chamemos de folk process.