domingo, outubro 29, 2006

van der graaf generator - theme one

inacreditável
van der graaf generator - plague of lighthouse keepers pt.3

a parte mais violenta, e também a mais bela da longa suite que cobre todo o lado b da obra-prima Pawn Hearts (1971)

quinta-feira, outubro 19, 2006

Novo do Iron Maiden na praça. Ainda não ouvi, mas... Já fiz um cotações Iron?

os álbuns - e a melhor faixa de cada um (até Fear of the Dark, pois a partir daí ou eu não lembro, ou não ouvi suficientemente bem pra ter preferida)

Iron Maiden (1980) * * * * "Remember Tomorrow"

Killers (1981) * * * * * "Wrathchild"

Maiden Japan (1981) * * * 1/2

The Number of the Beast (1982) * * * "Children of the Damned"

Piece of Mind (1983) * * * * * "Where Eagles Dare"

Powerslave (1984) * * * * * "Aces High"

Live After Death - duplo ao vivo (1985) * * ah, não sei não

Somewhere in Time (1986) * * * * "Waysted Years"

Seventh Son of a Seventh Son (1988) * * * 1/2 "The Clairvoyant"

No Prayer for the Dying (1990) * * "Holy Smoke"

Fear of the Dark (1992) * * * "Be Quick or Be Dead"

A Real Live One (1993)
A Real Dead One (1993)
Live at Donnington (1994)
The X Factor (1995) *
Virtual XI (1998) *
Brave New World (2000) * * * 1/2
Rock in Rio 2 (2002) nunca ouvi
Dance of Death (2003) * * *

terça-feira, setembro 05, 2006

Alan Parsons Project, ou o reino da baba-prog:

(e as melhores faixas)

Tales of Mystery and Imagination (1975) * * * * sob a influência de Poe - The Raven, Doctor Tarr and Professor Fether, To One in Paradise.

I Robot (1977) * * * maior flerte com o pop - I Wouldn't Want to be Like You, Day After Day, Some Other Place.

Pyramid (1978) * * * 1/2 uma fórmula sendo formatada - Hyper Gama Spaces, One Good River, In the Lap of the Gods.

Eve (1979) * * * 1/2 disco feminista no Ano Internacional da Mulher - Winding me Up, Don't Hold Back, Lucifer.

The Turn of a Friendly Card (1980) * * * * 1/2 - o grande disco prog-pop da banda - Games People Play, Time, a suíte Turn on a Friendly Card (Snake Eyes, Nothing Left to Loose...)

Eye in the Sky (1982) * * * * 1/2 - o desbunde da baba pop e muita inspiração - Eye in the Sky, Silence and I, Old and Wise, You've Got to Get Your Fingers Burned

Ammonia Avenue (1983) * * * * - na mesma tocada do anterior - Since the Last Goodbye, Don't Answer Me, Ammonia Avenue, Dancing on a Highwire.

Vulture Culture (1984) * * * 1/2 - a baba começa a pesar - Separate Lives, Let's Talk About Me, Sooner or Later

Stereotomy (1985) * * * - disco confuso, mas de belos momentos - Stereotomy, Light of the World.

Gaudi (1987) * * * - idem - La Sagrada Familia, Standing on a Higher Ground, Paseo de Gracia.

depois é só Alan Parsons e tem seus momentos, mas raramente me empolga.

terça-feira, agosto 29, 2006

























Desculpem a ausência. Prometo pelo menos um post por semana daqui pra frente.

Justiça seja feita: Guilherme Arantes já foi muito bom...

sei que devo um cotações do Alan Parsons, o supra-sumo da baba pop-prog, mas resolvi passar o Guilherme na frente porque ele merece.

Moto Perpétuo (1974) - único disco da banda * * * *

carreira solo:

Guilherme Arantes (foto grande da esquerda)(1976) * * * * *
-tem "Meu Mundo e Nada Mais". Absurdamente genial até hoje. Mas também tem "A Cidade e a Neblina", "Cuide-se Bem", "Águas Passadas" e "Antes da Chuva Chegar".

Ronda Noturna (foto menor da esquerda)(1977) * * *
-um disco estranho, apesar de conter o clássico "Amanhã". Parece que ele tentava uma sonoridade mais pop, mas sem muito jeito.

A Cara e a Coragem (foto maior da direita)(1978) * * * * *
-um contrato grande com a Warner, e um disco confessional e tocante, que ficou melhor no CD, com o corte da desnecessária "Boa Viagem". Com essa música a menos, a coesão é notável, e o disco vira realmente "A" obra-prima dele. Os destaques são muitos: "Viva", "A Cara e a Coragem", "Brazilian Boys" (c'mon, c'mon, feijão com arroz...), "Show de Rock", "Brincos na Orelha", "Mas Ela Não Quer, Mas Ela Não Pode"...ah, todas são essenciais. Arranjos orquestrais belíssimos do próprio Guilherme, regidos por Rogério Duprat.

Guilherme Arantes (1979) * * *
-é o disco que tem a esquisita "Biônica". Tem a magistral "Êxtase" também, mas não entendo direito o que ele queria com esse álbum que tem a produção de Liminha.

Coração Paulista (foto menor da direita)(1980) * * * * 1/2
-Liminha agora se acertou com ele, garantindo um disco mais roqueiro e redondo. A faixa-título é um c´lássico, assim como "A Noite", "Brasília" e "Estranho".

Guilherme Arantes (1982) * * * 1/2
-aqui ele fez as pazes com o pop que não se encaixava no disco de 1979. Esse é pegajoso, certeiro, e garantiu pelo menos dois clássicos de seu repertório: "Lance Legal" e "O Melhor Vai Começar". Mas já dá pra sentir um ranço pasteurizado que iria predominar nos discos futuros.

Ligação (1983) * * 1/2
-maldição dos anos ímpares? alguns sucessos: "Rolo Compressor", Tão Blue", "Graffiti", "Pedacinhos" (a única realmente boa dessas todas)...a volta à Som Livre poderia ser mais inspirada.

Despertar (1985) * * * 1/2
-ainda que tenha uma capa piegas toda vida, e seja desfalcado dos compactos do ano anterior (Fio da Navalha e Xixi nas Estrelas), é o disco que encerra a maldição dos anos ímpares...ou pelo menos consegue uma trégua. Tem "Cheia de Charme", "Fã Nº 1", "Gaivotas", "Brincar de Viver", "Olhos Vermelhos", canções bacanas, ainda que não cheguem aos pés dos clássicos de 76 e 78. É sua estréia na CBS.

Calor (1986) * * *
-disco muito malhado à sua época. Injustamente, como podem comprovar as belas faixas "Coisas do Brasil", "Loucas Horas", "Mania de Possuir" e "Oceano". O problema é que as outras faixas só servem para encher o disco, salvo falha na memória.

Guilherme Arantes (1987) * *
-disco que me fez parar de acompanhá-lo...será que fui imprudente?

daí pra frente não posso mais cotar, já que pouco ouvi. Tem a coletânea Millenium, cheia de regravações e versões de sucessos internacionais para o português. Algumas são risíveis, como "Eu Queria Amor" (para My Cherie Amour, do Stevie Wonder) e "Alone Again" (para música de mesmo nome de Gilbert O'Sullivan), mas confesso que achei agradável ouvir "Muito Tarde" (para Too Late, de Carole King), e pelo menos uma faixa recente (bem...de 1996) me conquistou: "Hora de Partir o Coração".

domingo, agosto 20, 2006

Ouvir Zappa é sempre um luxo. Ouvir o lado 4 de You Are What You Is (1981) é comprovar que Zappa, além de ser o melhor guitarrista de todos os tempos junto com Dave Davies, é um compositor dos mais completos. Começando com "Heavenly Bank Account"(que na intro remete a "Dumb All Over", última do lado 3) e terminando com "Drafted Again", passando pelas obras-primas máximas "Suicide Chump" e "Jumbo Go Away", esse lado praticamente resume a história da música pop na segunda metade do século 20. Quem não ouviu trate de correr.

sábado, julho 22, 2006

cotações: ARGENT

banda de Rod Argent, ex-Zombies. Começou com um power pop psicodélico progressivo, mas foi indo cada vez mais na direção do prog jazz.

Argent (1969) * * * * 1/2
Ring of Hands (1970) * * * *
All Together Now (1972) * * * 1/2
In Deep (1973) * * * 1/2
Nexus (1974) * * * *
Encore: Live in Concert (1974) * * * 1/2
Circus (1975) * * * 1/2
Counterparts (1975) * * * 1/2

e dos ZOMBIES

Begin Here (1965) * * * * 1/2
Odessey and Oracle (1968) * * * * *

e do único disco solo de Colin Blunstone que ouvi inteiro:

One Year (1971) * * * * 1/2

tenho uma coletânea dele que tem grandes músicas dos dois discos que vieram depois, mais algumas de discos mais recentes, que não são tão boas.

num outro post as cotações Alan Parsons, para seguir na trilha de Colin Blunstone, já que a de Rod Argent ficou em alguma loja de instrumentos de Londres.

quarta-feira, junho 28, 2006

A pérola (publicada dia 19 de junho):

XXV GATHERINGKilling Jokewww.killingjoke.com Banda gótica de pouco sucesso faz 25 anos com show em Londres. Um hit, "Love Like Blood", a salva do total esquecimento. (LF)

o autor: Leandro Fortino.

Eu até achava que ele não falava mal de ninguém, mas depois dessa começo a achar que ele escreve como um volante cabeça de bagre que quer se livrar da bola. Coisas como essa mini-resenha, publicada no Folhateen, podem tornar a Folha de São Paulo uma das coisas mais ridículas da mídia impressa, seguindo os traços da Veja e, mais recentemente, da Época. Nem é o caso de defender uma banda que eu adoro, mas de constatar que o cara, na melhor das hipóteses, fez a resenha para ser mandado embora, e ninguém percebeu. Ainda dá tempo de reagir, para o bem do leitor. Mas coisas desse tipo não podem mais acontecer. Aliás, a mudança gráfica foi para pior, feita pensando em quem não gosta muito de ler. Álvaro Pereira Jr, de quem discordo com freqüência, mas sempre faço questão de ler, já havia reclamado da diminuição de seu espaço, causada pelo aumento da tipologia. É triste ver que quem tem algo a dizer cada vez mais perde espaço dentro do jornal.

quinta-feira, junho 15, 2006

GENESIS (parte 2) - 1978 - 1997

And Then There Were Three (1978) * * * * 1/2
disco um tanto indeciso e confuso, com medo de entrar de vez no pop. Mas é maravilhoso, com quitutes de primeira como Burning Rope, Scenes from a Night's Dream, The Lady Lies, Undertow e o carro-chefe do disco, a samba-rock Follow You Follow Me.

Duke (1980) * * *
disco que marca a liderança definitiva de Collins, rumo ao pop radiofônico. Banks ainda marca presença com boas idéias progs, especialmente na longa faixa que fecha o disco, mas quem dá o tom é Collins, com direito até a plágio de Sly and the Family Stone em Misunderstanding.

Abacab (1981) * * * *
o pop aqui está assumido, o que fez bem a eles. O disco possui um frescor que parecia se perder. Com a sessão de sopros do EWF, e o tecladinho safado de Banks em No Reply At All, clássico de FM da época. Mas Banks brilha mesmo em Another Record, faixa que encerra o disco.

Three Sides Live (1982) * * * 1/2
é o melhor disco ao vivo do Genesis, o que comprova a boa fase da era abacab, era do desbunde pop definitivo. No glorioso vinil, o lado 4 é preenchido com faixas que ficaram de fora dos discos anteriores, donde se destaca Paperlate.

Genesis (1983) * * * 1/2
é o disco que tem Mama, campeão de vendas cuja capa trazia figuras geométricas em amarelo e preto. Tem Home by the Sea também, que sugere uma recaída para o prog, que não se confirma.

Invisible Touch (1986) * *
disco bem mediano, com apenas algumas faixas que se salvam da preguiça comercial total: Land of Confusion, Domino e The Brazilian

We Can't Dance (1991) * * *
Vinil duplo, com mostras de boa forma por parte dos hitmakers. A faixa-título é esquisita o suficiente para merecer reaudições.

Genesis Live - Vol.1 (The Shorts) (1992) * *
preguiça pura. A MPB produziu muito disso nos últimos anos.

Genesis Live - Vol.2 (The Longs) (1993) * * 1/2
preguiça ainda, mas um pouco mais arriscada e menos comercial só com faixas mais longas.

Calling All Stations (1997) *
não há bom instrumental que resista ao novo vocalista Ray Wilson, o cara que fez shows a um real no Brasil. Podiam encerrar a carreira sem esta bomba.

sábado, junho 10, 2006

GENESIS (parte 1) 1969 - 1977

From Genesis to Revelation (1969) * * * *
vamos soar igual ao Bee Gees?

Trespass (1970) * * * *
guinada prog total e irrestrita

Nursery Crime (1971) * * * * *
phil collins estréia em altissimo estilo na batera. gênio. Ouça Fountain of Salmacis e comprove.

Foxtrot (1972) * * * * *
prog até a medula. supper's ready é o grande trunfo do disco.

Live (1973) * * *
som abafado e pouco vibrante.

Selling England by the Pound (1973) * * * * *
é o disco mais elogiado da fase prog. Pau a pau com Nursery Crime como o mais fantástico da banda.

The Lamb Lies Down on Broadway (1974) * * * * 1/2
álbum duplo com momentos de antologia (In the cage, Carpet Crowlers). Exagero dizer que é disco solo do Gabriel. Tony Banks brilha no disco, como sempre.

A Trick of the Tail (1975) * * * * 1/2
collins assumiu os vocais e não deixou a peteca cair. Que maravilha é Ripples.

Wind and Wuthering (1976) * * * * 1/2
Banks e Hackett brilham. Pena que essa formação se desmancharia logo. A belíssima balada Afterglow dá um sinal do que vem por aí.

Seconds Out (1977) * * *
duplo ao vivo meio devagar, com as músicas mais cadenciadas e collins tentando substituir Gabriel em clássicos como Firth of Fifth.

sexta-feira, junho 02, 2006

























Uma das maiores decadências da história da música pop:

TEARS FOR FEARS

The Hurting (1983) * * * * * a grande obra-prima do tecnopop. "Pale Shelter", Mad World", "The Prisoner", "Suffer the Children", "Watch me Bleed" e "Change" não me deixam mentir. Mas cada faixa é maravilhosa. Baixe já, ou compre o vinil importado (capa branca) na Jardim Elétrico

Songs for the Big Chair (1985) * * * só "Head Over Heels" é do nível das canções do primeiro disco. Ainda assim, o disco se aguenta bem até o final.

The Seeds of Love (1989) * * Não é Beatles cover como muitos falavam, mas é fato que a melhor faixa do disco (Sowing the Seeds of Love) lembra demais a banda de Liverpool.

Elemental (1993) * 1/2 triste

Raoul and the Kings of Spain (1995) * for God's sake

Everybody Loves a Happy Ending (2004) nunca ouvi, mas dizem que é melhorzinho.

terça-feira, maio 30, 2006

Eu sempre atendo a pedidos:

CREEDENCE CLEARWATER REVIVAL

Creedence Clearwater Revival (1968) * * * * Oh, Suzie Q!
Bayou Country (1969) * * * * o som cristalizado
Green River (1969) * * * * parte dois
Willy and the Poor Boys (1969) * * * * * a obra-prima deles
Cosmo's Factory (1970) * * * * 1/2 a consagração de público
Pendulum (1970) * * * * 1/2 injustiçado
Mardi Gras (1972) * * que é isso?
Live in Europe (1973) * * * que sujeira!

melhor canção: Fortunate Son

sábado, maio 20, 2006


Cotações dos álbuns solo do melhor baixista de todos os tempos (e o cara que mais influenciou Lemmy Kilmister, do Motörhead):

Smash Your Head Against the Wall (1971) * * * * * o que o Who não aproveitava deste genial compositor, ele colocou aqui, inclusive uma versão fenomenal para "Heaven and Hell".

Whystle Rhymes (1972) * * * * * As melodias assobiáveis mais malucas que alguém poderia fazer. "Apron Strings" é a melhor canção do século 20.

Rigor Mortis Sets In (1973) * * * Mergulho meio sem jeito nos anos 50, e princípio dos 60, via Phil Spector (em espírito, não fisicamente)

Mad Dog (1975) * * * * Continua sem jeito o mergulho nos anos 50, mas agora é tão encantador que se torna irresistível

Too Late the Hero (1982) * * * 1/2 Bem pop, como mandava a época, mas bem legal também. A primeira faixa é um show à parte.

The Rock (1996) * * * Disco mais burocrático, mesmo assim, obrigatório

sábado, maio 13, 2006

faz tempo que não faço as infalíveis cotações. aí vai:

DEEP PURPLE:

Shades of Deep Purple (1968) * * * 1/2
The Book of Taliesyn (1968) * * * *
Deep Purple (1969) * * * * 1/2 o melhor com Rod Evans
Concerto for Group and Orchestra (1969) * * * 1/2
In Rock (1970) * * * * * Gillan rules
Fireball (1971) * * * * * absurdo
Machine Head (1972) * * * *
Made in Japan - duplo (1972) * * * 1/2
Who do We Think We Are (1973) * * * 1/2
Burn (1974) * * * * Coverdale e Hugges assumem
Stormbringer (1974) * * * * * negão até a medula
Come Taste the Band (1975) * * * * Blackmore fugiu

discos pós-separação:

Made in Europe (1976) * * * 1/2
Powerhouse (1977) * * * *
In Concert - duplo (1980) * * * *
Live in London (1982) * * * 1/2

a volta:

Perfect Strangers (1984) * * * * 1/2 que retorno!!!
House of Blue Light (1987) * * * tem até música pra Xuxa
Nobody's Perfect - duplo (1988) * * *
Slaves and Masters (1990) * 1/2 com o chorão Joe Lynn Turner
The Battle Rages On (1992) * * descobriram que sem o Gillan não dá pé
Purpendicular (1996) * * 1/2 Blackmore pulou fora de novo
Abandon (1998) * * 1/2 - Steve Morse de novo
Bananas (2003) * constrangedor
Rapture of the Deep (2005) * 1/2 já deviam ter acabado

quarta-feira, maio 03, 2006

Dá pra escrever um livro sobre a performance de Dave Davies em "This is Where I Belong". Tava ouvindo o Something Else by the Kinks (que é o disco do ano seguinte ao single citado acima) e um pensamento foi inevitável: não deviam brincar com som estereofônico em 1967, a não ser que tivessem na produção um mago como George Martin. No disco, tem uma seqüência de golpes fulminantes, que fariam qualquer um desmaiar de emoção (se bem que às vezes até acontece comigo) se fossem bem gravados. O estéreo do disco deixa um canal muito distante, e o som com pouco grave. Comparando com Village Green Preservation Society, de 1968, vê-se o quanto o estéreo é melhor trabalhado, ainda que as faixas bônus que aparecem em mono sejam bem mais altas e nítidas. Mas que importa tudo isso se são duas obras-primas absurdas?

sábado, abril 29, 2006

Em algum lugar eu disse que o disco acima era o mais fraco do Van der Graaf Generator. Bem, talvez até seja, entre os de estúdio, e excetuando Quiet Life/The Pleasuredome (1977) que é também muito bom. Mas os caras só fizeram obras-primas, incluindo o duplo recente, Present. Mereço 100 chibatadas, pois World Record, pela primeira vez, após várias audições desde 1988 (mais ou menos), bateu fundo. Que disco maravilhoso. Still Life permanece meu preferido da segunda fase, mas World Record disputa com Godbluff o segundo posto (e, consequentemente, o penúltimo lugar entre os discos de estúdio da banda).

VdGG e Peter Hammill = outro mundo musical

só ouvindo mesmo.

P.S. é incrível que ninguém tenha usado a música maravilhosa deles no cinema. A não ser que alguma comédia carioca dos anos 70 tenha usado e eu não lembre (outro dia ouvi Emerson Lake & Palmer em uma delas...tudo é possível.

sexta-feira, abril 14, 2006

Dormi ouvindo uma rádio de São Carlos. Quando a descobri, estava rolando um progressivo nervoso (Focus, pelo que lembro). Depois começou a rolar um rap, depois AC/DC, depois Chico Buarque, Bob Dylan, Novos Baianos, The Who, Stevie Wonder, mais um rap, Mutantes, um heavy metal que eu não identifiquei, e aí começa "a mesma praça, o mesmo banco...". Sim, a música de A Praça é Nossa. De autoria de Carlos Imperial, salvo engano, e interpretada por Ronnie Von, antes da fase psicodélica. Foram as horas mais malucas que eu já tive escutando rádio.

Top 5 Focus:

1) Focus III (72) * * * * 1/2
2) Moving Waves (71) * * * *
3) In and Out of Focus (70) * * * *
4) Hamburger Concerto (74) * * * *
5) At the Rainbow - ao vivo (73) * * * 1/2

segunda-feira, março 27, 2006

da série promessa é dívida:

Pavement (e Stephen Malkmus)

se eu já tiver feito uma antes peço desculpas. Não vou vasculhar os arquivos, mesmo porque acredito que este exercício é inevitavelmente efêmero.

O grande problema é que os discos do Pavement são todos do mesmo nível. Taí uma banda híper regular em sua alta qualidade. Todos os discos são ótimos, inclusive o último, Terror Twilight. Dou 4 estrelas para todos, tendo uma leve predileção por Crooked Rain Crooked Rain (1994), o segundo disco. Se for para escolher o que menos gosto, às vezes é o Wowee Zowee, outras é o tão adorado Brighten the Corners. Mas são todos empatados tecnicamente.

Em compensação, quando penso na carreira solo de Stephen Malkmus, a balança se mexe mais. Dou 3 estrelas para o primeiro, que considero um Pavement repetitivo e menos inspirado, e 5 estrelas para a obra-prima Pig Lib, disco que considerei um dos três melhores do ano de 2003. Ainda não escutei o mais recente, Face the Truth, mas imagino que seja difícil igualar o feito de Pig Lib, disco em que a influência de Peter Hammill é muito forte, o que tende a emocionar qualquer fã ardoroso de VdGG, como eu.

domingo, março 05, 2006

Cotações Supertramp. Porque o prog pop de Davies e Hodgson é muito bom.

Supertramp (1970) * * * * 1/2 - baladas belas e quebradeira prog

Indelibly Stamped (1971) * * * - indeciso

Crime of the Century (1974) * * * * 1/2 - fórmula encontrada, é correr para o abraço

Crisis? What Crisis? (1975) * * * 1/2 - "A Soapbox Opera" é a que vale

Even in the Quietest Moments (1977) * * * 1/2 - apesar dos hits, um disco irregular

Breakfast in America (1979) * * * * 1/2 - talvez o melhor de estúdio

Paris - ao vivo (1980) * * * * - "Hide in Your Shell" se destaca

Famous Last Words (1982) * * * * 1/2 - canto de cisne perfeito de Roger Hodgson.

Brother Where You Bound (1985) * * * - a indecisão de uma separação

Free as a Bird (1987) * * * 1/2 - o caminho do balanço

Live 88 (1988) faz tempo que não escuto

Some Things Never Change (1997) * * * * - volta com grande estilo instrumental

lamentavelmente, daí pra frente eu não escutei nenhum...

sábado, fevereiro 04, 2006

Falou-se em Manic Street Preachers no Anotações, blog do Filipe Furtado. Como não resisto, mando as cotações Manix:

Generation Terrorists (1992) * * * * - o motley crue galês

Gold Against Soul (1993) * * * 1/2 - à procura de uma identidade

The Holy Bible (1994) * * * * * - a identidade

Everything Must Go (1996) * * * * * - o cala-a-boca definitivo

This is My Truth Tell Me Yours (1998) * * * 1/2 - entressafra

Know Your Enemy (2001) * * * * * - inacreditável retorno à forma

Lifeblood (2004) * * * * - entre o pop e o engajado

ouvindo agora: Wire (Chairs Missing). Sei lá por que alguma música de Lifeblood me lembrou do Wire, aí tive que escutar algo deles.

sábado, janeiro 14, 2006













Uma obra-prima inacreditável. Em "The Face", o solo de violino dá lugar à guitarra de Gary Green, em um dos momentos mais geniais da história da guitarra.

sexta-feira, dezembro 23, 2005

O começo de tudo:
o maior gênio da TV mundial:




















agora ficou mais fácil colocar fotos no blogspot...hehe

quarta-feira, novembro 23, 2005

Aperitivo

Uma coletânea ideal Depeche Mode:

(em ordem cronológica)

1) The Sun and the Rainfall (LP A Broken Frame, 1982)
2) Love in Itself (LP Construction Time Again, 1983)
3) Two Minute Warning (LP Construction Time Again, 1983)
4) Blasphemous Rumours (LP Some Great Reward, 1984)
5) Fly on the Windscreen (LP Black Celebration, 1986)
6) A Question of Lust (LP Black Celebration, 1986)
7) Dressed in Black (LP Black Celebration, 1986)
8) Never Let Me Down (LP Music for the Masses, 1987)
9) Sweetest Perfection (LP Violator, 1990)
10) Enjoy the Silence (LP Violator, 1990)
11) Blue Dress (LP Violator, 1990)
12) Mercy in You (LP Songs of Faith and Devotion, 1993)
13) In Your Room (LP Songs of Faith and Devotion, 1993)
14) One Caress (LP Songs of Faith and Devotion, 1993)
15) Useless (LP Ultra, 1997)
16) Sister of Night (LP Ultra, 1997)

infelizmente, não sobrou espaço pra nada do novo, mesmo porque minhas preferidas já mudaram com as primeiras audições, e podem mudar de novo. Algumas ausências me incomodam (dá pra fazer uma coletânea tripla com as grandes músicas deles), mas escolhi de acordo com as últimas audições.

Um Top 5 de discos da banda, pra encerrar o post:

1) Black Celebration (a obra-prima máxima da banda)
2) Violator (se Black Celebration não existisse...)
3) Songs of Faith and Devotion (gospel eletrônico de inigualável sensibilidade)
4) Construction Time Again (meu preferido de outrora)
5) A Broken Frame (um salto em relação ao primeiro disco)

obs: Playing the Angel talvez entre aí com mais audições. Dificilmente no lugar de um dos quatro primeiros. Por enquanto, o disco está parelho com Ultra, ambos ameaçando o quinto lugar do delicioso A Broken Frame.

segunda-feira, outubro 10, 2005

Novo disco do Depeche Mode sai na semana que vem. Acabei de ver na MTV o novo clipe, da música "Precious". Bem...acho que nada melhor pra definir o que achei do que dizer que parece Camouflage, banda alemã que sempre imitou descaradamente, e às vezes com muita felicidade, a sonoridade depechiana. Ou seja, pode pintar um disco genérico aí, um disco no piloto automático. Mas espero que seja apenas uma escolha infeliz da faixa de trabalho.

sábado, setembro 24, 2005

Shelby Lynne lançou alguns disquinhos country pop sem repercussão no começo de carreira. Nunca os ouvi, mas I Am Shelby Lynne (2000) eu ouço sempre. É seu primeiro disco autoral (pelo que li). O primeiro em que ela compõe e toca do jeito que quer, sem se preocupar com modismos de mercado. Tanto que foi um disco elogiadíssimo pela crítica e meio que rejeitado pelo público, que não entendeu o ecletismo da moça. Pois basta a primeira faixa começar para as lágrimas escaparem dos meus olhos. "Your Lies" tem uma beleza philspectoriana tão inacreditável que parece impossível o disco não ser obra-prima (bem, foi o que pensei na primeira vez que ouvi, em 2000). E de fato, é uma OBRA-PRIMA. Seus momentos mais pop lembram Sheryl Crow, mas é melhor que qualquer coisa que a Crow tenha feito. A segunda ("Leaving") também é uma obra-prima da black music, mesmo com um arranjo que lembra o genérico na batida, mas tem uma orquestração que arrepia. Outros momentos são de provocar surtos de desespero (tem que mandar essa mulher pra cadeia por ser tão boa): "Why Can't You Be", uma das mais pops; "Looking Up", de uma beleza lenta e sofrida; "Dreamsome", com sua melodia absurda e incrivelmente original; e "Black Light Blue", sincera e tocante homenagem Billie Holliday. Mas é Dusty Springfield a maior inspiração desse disco antológico produzido com mão santa por Bill Bottrell (de quem lembro o nome, mas não exatamente onde mais trabalhou). O disco Suit Yourself, de 2005, ganhou elogios semelhantes ao de I Am..., depois de alguns discos meio desprezados. Vou conferir.

quarta-feira, setembro 21, 2005

Desculpem a insistência, mas nos últimos dois anos, sempre que me perguntam qual o guitarrista que eu mais gosto, a resposta é sempre a mesma: Dave Davies, o mago dos Kinks. Se alguém tiver alguma dúvida, além de ser obrigatório ter na coleção todos os discos de estúdio até Lola vs Powerman (os que vem depois são maravilhosos, mas ficam um pouco atrás dessas obras-primas), convém baixar as seguintes faixas: "Yes Sir No Sir", "Victoria", "Lola" e "This is Where I Belong". São pequenas amostras da genialidade desse guitarrista que sabe a hora de ser econômico ou arrojado, sentimental ou porralouca. Aliás, em Face to Face ele começa a soltar lampejos irônicos, pequenas notas que funcionam como um comentário para o que o irmão está cantando. A evolução natural disso se percebe mais claramente nas três primeiras canções que recomendo acima, sendo as duas primeiras do disco Arthur e a terceira obviamente do disco Lola vs Powerman.

P.S.: Apenas Frank Zappa coloca alguma dúvida em minhas respostas sobre o guitarrista que prefiro.

sexta-feira, agosto 26, 2005

Batalha de bandas e estilos:

PET SHOP BOYS

Please (1986) * * * * 1/2
Actually (1987) * * * * *
Introspective (1988) * * *
Behaviour (1990) * * *
Very (1993) * * * * 1/2
Bilingual (1996) * * * 1/2
Nightlife (1999) * * * *
Release (2002) * * * 1/2


VAN DER GRAAF GENERATOR

Aerosol Grey Machine (1969) * * * *
The Least We Can Do is a Wave to Each Other (1969) * * * * *
H to He (1970) * * * * *
Pawn Hearts (1971) * * * * *
Godbluff (1975) * * * *
Still Life (1976) * * * * *
World Record (1976) * * * 1/2
The Quiet Zone/The Pleasure Dome (1977) * * * *
Vital - duplo ao vivo (1978) * * * *
Present - duplo (2005) * * * * 1/2

terça-feira, agosto 23, 2005

Ouvidos no ônibus, durante a viagem: Associates Sulk, Dance Society em dois LPs, Buzzcocks 2003, The Apples in Stereo, Comsat Angels e Felt. Sobre o Apples, continuo achando legalzinho, no máximo. A galera indie fica em polvorosa diante de um cd deles, mas é bem irregular, com uma voz chatinha e melodias bubblegums bem esquecíveis. Tem seus momentos, o que salvou a pele deles. O mesmo vale para Comsat Angels, do qual tenho sérias suspeitas de que fiz algo errado. Tem hora que lembra Prefab Sprout, e me fez querer vomitar. Em outros momentos, fica próximo do pós punk do Suicide, o que é muito bom. Será que é tudo a mesma banda, ou meu MP3 ficou seriamente prejudicado pela desatenção na hora de passar pro cd?
Falando em Suicide, Sulk, o melhor disco dos Associates (pelo menos até a próxima audição de The Affectionate Punch, o ótimo primeiro disco deles), tem muitos momentos que lembram os mestres de NY, e são os melhores momentos do disco. As músicas são malucas, apesar da produção polida demais, que não consegue, no entanto, lustrar o que há de loucura em suas melodias. Se tiver que baixar só uma faixa pra conhecer, sugiro "Club Country", faixa que, como outras, lembra Soft Cell.
Do Felt eu sempre gostei, mas sem maior destaque. Continua na mesma. Buzzcocks voltou muito bem com esse excelente disco homônimo de 2003. E na hora de ouvir os lps do Dance Society, eu peguei no sono, tanto na ida como na volta, e não por culpa da banda, mas do horário. Na próxima eu pulo pra vez deles no cd.

sexta-feira, agosto 05, 2005

The Clash:

The Clash (1978) * * * * 1/2
Give 'em Enough Rope (1978) * * * * *
London Calling (1979) * * * * *
Sandinista (1980) * * * * *
Combat Rock (1982) * * * *
Cut the Crap (1985) * 1/2

quinta-feira, julho 28, 2005

Ouvindo agora o power trio sueco Royals, amplamente desconhecido. Uma obscuridade e tanto lançada em cd pela gravadora Love. O disco em questão é Spring 76, irregular, mas com momentos de antologia, principalmente a primeira faixa, "High", que tem umalevada meio psicodélica meio funkeada, muito interessante e diferente. Pra completar, a música volta totalmente invertida no final. Mas invertida mesmo, não existe teclado pra digitar o nome impresso na capa (obviamente High ao contrário, e com as letras ao contrário também). Irregular porque tem uma versão medíocre para "Dancing in the Street" (se comparada à do Van Halen, de pensarmos na do Kinks ou da Martha & the Vandellas fica uma lavada só). Além do mais, em 1976 todo mundo já tinha feito uma versão pra essa música, se tinham que fazer mais uma, que fosse muito boa (como a do Van Halen). Tem também uma faixa bem fraca, "Everything's Alright", que ainda por cima imita descaradamente "Into the Fire" do Deep Purple. Melhora bastante na cover de "Badge", clássico do Cream, aqui em versão bem gostosa de se ouvir. Alguns outros belos momentos fazem valer a pena a compra do disco: "Night Funk", "Hoochie Coochie Man" (de Willie Dixon) e "Rock Me", além da supracitada dupla, com "High" sendo um dos grandes momentos do rock naquela década. Lembro que o outro disco que escutei (e que não tenho aqui no momento) é mais regular, só com músicas boas, mas nenhuma tão boa quanto "High"

sábado, julho 16, 2005

Hyaena ontem e Peepshow hoje: razões suficientes para um quadro de cotações com o pessoal da Siouxsie & the Banshees. Nunca foi uma das preferidas, mas sempre tive prazer imenso em escutar, principalmente até o quinto disco. Kaleidoscope é o melhor álbum da banda. "Turn to Stone" (faixa do disco Peepshow) é das melhores canções da banda. A melhor desde 1982. Não gosto muito dos projetos (Glove, Creatures e mais algum que não lembro).

The Scream (1978) * * * *
Join Hands (1979) * * * *
Kaleidoscope (1980) * * * * 1/2
Juju (1981) * * * *
A Kiss in the Dreamhouse (1982) * * * 1/2
Nocturne (Live) (1983) * * *
Hyaena (1984) * * *
Tinderbox (1986) * * *
Through the Looking Glass (1987) * * 1/2
Peepshow (1988) * * * 1/2
Superstition (1991) * * * *
The Rapture (1995) * * *

segunda-feira, julho 11, 2005

Atendendo a pedidos:

IRA!

Mudança de Comportamento (1985) * * * *
Vivendo e Não Aprendendo (1986) * * * * 1/2
Psicoacústica (1988) * * * 1/2
Clandestino (1990) * * *
Meninos da Rua Paulo (1991) * * * 1/2
Música Calma para Pessoas Nervosas (1993) * * *
7 (1996) * * 1/2
Você Não Sabe Quem Eu Sou (1998) * * *
Isso é Amor (1999) * * *
MTV ao Vivo IRA! (2000) * *
Entre seus Rins (2001) * * *

PARALAMAS DO SUCESSO

Cinema Mudo (1983) * * * 1/2
O Passo do Lui (1984) * * * *
Selvagem (1986) * * * *
D (1987) * * *
Bora Bora (1988) * * *
Big Bang (1989) * * * 1/2
Os Grãos (1991) * * * *
Severino (1994) * * * 1/2
Vamo Batê Lata (1995) * * *
Nove Luas (1996) * * * 1/2
Hey Na Na (1998) * * * *
Acústico (1999) * *

Comentários gerais: são duas das bandas que mais gosto nos anos 80. Pelo menos, duas bandas que lançaram vários discos bons desde aquela década. Duas outras seriamPatife Band e Picassos Falsos, mas são bandas de poucos discos. Os discos que não constam das relações acima, eu nunca escutei (ou são coletâneas - algo que geralmente ignoro). Ouvi bastante essas bandas no final dos anos 90. quando encontrava seus Lps por preço de banana. Lembro que consegui comprar, em 1997, todos do Paralamas até Severino, por no máximo 2 reais cada. Minhas cotações, na maioria das vezes, datam dessa época.

quinta-feira, junho 23, 2005

A propósito de Monolith, discaço que acabei de escutar, vai aí uma tabela de cotações do Kansas - gosto sim, e daí? (até o disco que conheço bem, os que ouvi de má vontade não contam):

Kansas (1974) * * * 1/2
Song for America (1974) * * * * 1/2
Masque (1975) * * * 1/2
Leftoverture (1976) * * * * 1/2
Point of Know Return (1977) * * * * *
Two for the Show (1978) * * * * 1/2
Monolith (1979) * * * * 1/2
Audio Visions (1980) *
Vinyl Confessions (1982) * * *
Drastic Measures (1983) * *
Power (1986) * * 1/2
In the Spirit of Things (1988) * *
Live at the Whiskey (1992) * * 1/2
Freaks of Nature (1995) * * 1/2


Bury, não esqueci da promessa. É que pra bandas nacionais se eu fizer de memória vai ter erros demais.

sábado, junho 18, 2005

Top 10 AC/DC

1- Highway to Hell (1979)
2- High Voltage (1976)
3- Dirty Deeds Done Dirt Cheap (1976)
4- Back in Black (1980)
5- Flick of the Switch (1983)
6-Powerage (1978)
7- Let There Be Rock (1977)
8- If You Want Blood (1978)
9- Stiff Upper Lip (2000)
10- Ballbreaker (1995)

Os 5 primeiros são essenciais pra qualquer um que goste de rock. Não coloquei o TNT por ser um lançamento exclusivamente australiano. Discos que não posso dizer que gosto: Fly on the Wall, Blow Up Your Video, The Razor's Edge, Who Made Who.

terça-feira, junho 14, 2005

Sempre achei Degüello um dos melhores discos do ZZTop. Reouvindo agora o lado A, fico na dúvida. É certo que as estranhezas do disco são muito bem-vindas: "Manic mechanic", com seus arroubos kingcrimsoniano, "Lowdown in the Street", com sua levada esperta e meio jazzística e "Chip Sunglasses", com um interlúdio meio Passport/meio Johnny Winter And. Mas quando a banda faz o que sempre fez muito bem, o boogie blueseiro e sujo do Texas, parece estar com o freio de mão puxado. O lado B, que enfim chega, é bem melhor, e quase me faz apagar o que escrevi sobre o lado A. O lado se encerra com a maravilhosa "Esther Be the One", uma belissima balada-pop de melodia irresistível (à lá JJ Cale). A guitarra de Billy Gibbons também está melhor nos momentos em que eles buscam uma fuga de sua sonoridade padrão, excetuando "Hi-Fi Mama", uma porrada Rock'n'Roll com vocal de Dusty Hill (o baixista). Voltaram a essa sonoridade clássica em El Loco, mas o disco é meio borocochô. Em Eliminator conseguiram a equação ideal entre uma orientação FM e o som próprio deles. E vêm seguindo nessa toada com melhor (Antenna, Rhythmeen) ou pior (Recycler, Afterburner) desenvoltura.

ZZ Top's First Album (1971) * * * *
Rio Grande Mud (1972) * * * *
Tres Hombres (1973) * * * * 1/2
Fandango (1974) * * * 1/2
Tejas (1976) * * * * *
Degüello (1979) * * * * 1/2
El Loco (1981) * * 1/2
Eliminator (1983) * * * *
Afterburner (1985) * *
Recycler (1990) * * 1/2
Antenna (1994) * * * *
Rhythmeen (1996) * * * 1/2
XXX (1999) * * *
Mescalero (2003) * * *

Esses dois últimos não estão muito bem na minha memória. Pouco os ouvi. Talvez tenha sido injusto com o XXX. Mas certamente fui injusto com El Loco, mas como ele está cercado de dois belos discos, fica como está, pra marcá-lo como disco de entressafra.

sábado, junho 11, 2005

Ouvindo "Powerman", a inacreditável pancada do disco Lola, pela quarta vez hoje, tenho que dizer novamente, em letras garrafais: DAVE DAVIES É GÊNIO.
Depois de ocuparem o podium de discos preferidos durante pelo menos um ano, Face to Face (66) e Village Green (68) dão lugar a Arthur (69) e Lola (70) no meu coração. Como ficamos na mesma banda (a maior de todos os tempos - e que você já deve saber qual é), está tudo em casa. Arthur é o disco dos sonhos de qualquer guitarrista, parece ter sido um presente para Dave Davies, que brilha em todas as faixas. É o disco mais rockeiro desde o primeiro disco deles. Lola tem muito da sonoridade americana que já havia impregnado os Stones na época. Muito country, rock rural e algumas melodias burlescas clássicas dos irmãos Davies. O nome completo do disco é Lola Versus Powerman & the Moneygoround. Um verdadeiro duelo, com cada músico mostrando o melhor de si. Quero muito, mas muito mesmo reouvir os discos seguintes (principalmente Percy e Mushwell Hillbillies, discos que eu já tinha em altissima conta).

terça-feira, junho 07, 2005

Gosto muito do Nirvana de Kurt Cobain, aquela banda que causou frisson com uma mescla muito boa de barulho e melodia, com um baixão (inspirado frequentemente em Killing Joke, é verdade) forte e marcante. Mas há um outro Nirvana, bem menos barulhento (ou quase nada barulhento), e ainda mais genial que a banda de Seattle. O Nirvana inglês (em catálogos é comum ler Nirvana UK) lançou seus discos no final dos anos 60, e começou como um Kinks menor no ótimo Story of Simon Symopath (1967 * * * *). Em 1968, lançaram a obra-prima All of Us que tem a melhor faixa instrumental já lançada por uma banda popular: "The Show Must Go On" (que me desculpem "Lonely", do Lovin' Spoonful e "Laguna Sunrise", do Black Sabbath...e mais um monte que estou esquecendo). O disco ainda tem "Everybody Loves the Clown", que é inacreditável e muito boa. Em seguida, o turbulento (Dedicated) to Marcus III, nova obra-prima de 1969, que teve vários problemas internos e com a gravadora, e tem uma das baladas mais pungentes de que se tem notícia: "The World is Cold Without You". Infelizmente nunca escutei o quarto disco (Local Anaesthetic, com apenas duas faixas). Dizem que um empresário espertalhão quis processar o Nirvana americano pelo uso do nome, mas os integrantes das duas bandas se encontraram e tudo terminou em pizza.

sábado, junho 04, 2005

Imitando Roberto Avallone (que evoca a tal "audiência rotativa" quando quer repetir algo bombástico), mando um novo post falando de Killing Joke. Fazer o quê: botei o Pandemonium pra escutar, o disco que mostrou aos Ministrys da vida (eu gosto de Ministry, por sinal) como se faz a trilha do caos. A banda quase se perdeu com discos mais indecisos, flertando forte com o progressivo, no final dos anos 80, mas retornou com a fúria habitual renovada em Extremities...Em Pandemonium, impressiona a violência de faixas como "Exorcism" e "Millennium" e a própria faixa-título. "Black Moon" é a que mais se parece com o Killing Joke dos tempos de Revelations. "Jana" é a do refrão pegajoso, perfeita para provar que a banda ainda mantém o lado Night Time (disco de 85, responsável pela guinada comercial). E "Labyrinth" tem a levada dançante perfeita para casar com a ferocidade da instrumentação.

Killing Joke (1980) * * * * *
What's This For? (1981) * * * * 1/2
Revelations (1982) * * * * *
Fire Dances (1983) * * * * 1/2
Night Time (1985) * * * * 1/2
Brighter than a Thousand Suns (1986) * * *
Outside the Gate (1988) * * * 1/2
Extremities Dirt & Various Repressed Emotions (1990) * * * *
Pandemonium (1994) * * * * *
Democracy (1996) * * * *
Killing Joke (com dave Grohl) (2003) * * * *

quinta-feira, junho 02, 2005

Gosto muito, muito mesmo de Steely Dan. Grandes músicos e grandes compositores. Às vezes, a guitarra de "Skunk" Baxter (ou Denny Diaz - não me lembro mais qual o dos rompantes violentos) torna-se pesada, feroz, mas o que reina na maior parte do tempo é uma malemolência que torna a música deles uma delícia de se ouvir. A voz de Donald Fagen tem um charme que combina muito bem com as discretas intervenções de sopros, e com as levadas mais funkeadas também. Não dá pra classificar muito a banda, mas o grosso das tentativas batem nas teclas do blues, do jazz, do soul e do folk, revestidos com um senso urbano que dá a impressão de que os discos foram gravados em cima do asfalto, com diversos edifícios em volta e um trânsito caótico desviando deles. Ouvia muito no carro o Kamikiriad (segundo disco solo de Fagen) no carro, pois foi lançado na época infeliz em que eu era obrigado a dirigir cerca de duas horas todos os dias. Isso certamente me fazia menos infeliz (baita disco festeiro). Ouvir Steely Dan do primeiro (Can't Buy a Thrill, de 1972) ao Aja (disco de 1977) e descontando a entressafra criativa de Katy Lied (que não é um mau disco, longe disso) é um presente dos bons deuses da música. Meu preferido é Pretzel Logic (terceiro LP, de 1974), mas Royal Scam (quinto, 1976) insiste em lhe roubar o posto de tempos em tempos.

P.S. agora escuto uma coletânea de pop italiano que mostra muito bem o desenvolvimento de certas bandas (Pooh, Formula 3, PFM, New Trolls) do pop ao progressivo. A coletânea tem muito mais pop, e por isso foi dispensada por um amante de progressivo que frequenta a loja, mas é muito boa, principalmente por me fazer lembrar que "Piccola Katy", canção estranha e deliciosa, era um hit da banda Pooh (que depois virou prog e depois discoteque).