dividir impressões musicais com outros melômanos. boa leitura! *****obra-prima - ****ótimo - ***bom - **hummm - *pfui - mico. agora valem as meias cotações.
terça-feira, agosto 29, 2006
Desculpem a ausência. Prometo pelo menos um post por semana daqui pra frente.
Justiça seja feita: Guilherme Arantes já foi muito bom...
sei que devo um cotações do Alan Parsons, o supra-sumo da baba pop-prog, mas resolvi passar o Guilherme na frente porque ele merece.
Moto Perpétuo (1974) - único disco da banda * * * *
carreira solo:
Guilherme Arantes (foto grande da esquerda)(1976) * * * * *
-tem "Meu Mundo e Nada Mais". Absurdamente genial até hoje. Mas também tem "A Cidade e a Neblina", "Cuide-se Bem", "Águas Passadas" e "Antes da Chuva Chegar".
Ronda Noturna (foto menor da esquerda)(1977) * * *
-um disco estranho, apesar de conter o clássico "Amanhã". Parece que ele tentava uma sonoridade mais pop, mas sem muito jeito.
A Cara e a Coragem (foto maior da direita)(1978) * * * * *
-um contrato grande com a Warner, e um disco confessional e tocante, que ficou melhor no CD, com o corte da desnecessária "Boa Viagem". Com essa música a menos, a coesão é notável, e o disco vira realmente "A" obra-prima dele. Os destaques são muitos: "Viva", "A Cara e a Coragem", "Brazilian Boys" (c'mon, c'mon, feijão com arroz...), "Show de Rock", "Brincos na Orelha", "Mas Ela Não Quer, Mas Ela Não Pode"...ah, todas são essenciais. Arranjos orquestrais belíssimos do próprio Guilherme, regidos por Rogério Duprat.
Guilherme Arantes (1979) * * *
-é o disco que tem a esquisita "Biônica". Tem a magistral "Êxtase" também, mas não entendo direito o que ele queria com esse álbum que tem a produção de Liminha.
Coração Paulista (foto menor da direita)(1980) * * * * 1/2
-Liminha agora se acertou com ele, garantindo um disco mais roqueiro e redondo. A faixa-título é um c´lássico, assim como "A Noite", "Brasília" e "Estranho".
Guilherme Arantes (1982) * * * 1/2
-aqui ele fez as pazes com o pop que não se encaixava no disco de 1979. Esse é pegajoso, certeiro, e garantiu pelo menos dois clássicos de seu repertório: "Lance Legal" e "O Melhor Vai Começar". Mas já dá pra sentir um ranço pasteurizado que iria predominar nos discos futuros.
Ligação (1983) * * 1/2
-maldição dos anos ímpares? alguns sucessos: "Rolo Compressor", Tão Blue", "Graffiti", "Pedacinhos" (a única realmente boa dessas todas)...a volta à Som Livre poderia ser mais inspirada.
Despertar (1985) * * * 1/2
-ainda que tenha uma capa piegas toda vida, e seja desfalcado dos compactos do ano anterior (Fio da Navalha e Xixi nas Estrelas), é o disco que encerra a maldição dos anos ímpares...ou pelo menos consegue uma trégua. Tem "Cheia de Charme", "Fã Nº 1", "Gaivotas", "Brincar de Viver", "Olhos Vermelhos", canções bacanas, ainda que não cheguem aos pés dos clássicos de 76 e 78. É sua estréia na CBS.
Calor (1986) * * *
-disco muito malhado à sua época. Injustamente, como podem comprovar as belas faixas "Coisas do Brasil", "Loucas Horas", "Mania de Possuir" e "Oceano". O problema é que as outras faixas só servem para encher o disco, salvo falha na memória.
Guilherme Arantes (1987) * *
-disco que me fez parar de acompanhá-lo...será que fui imprudente?
daí pra frente não posso mais cotar, já que pouco ouvi. Tem a coletânea Millenium, cheia de regravações e versões de sucessos internacionais para o português. Algumas são risíveis, como "Eu Queria Amor" (para My Cherie Amour, do Stevie Wonder) e "Alone Again" (para música de mesmo nome de Gilbert O'Sullivan), mas confesso que achei agradável ouvir "Muito Tarde" (para Too Late, de Carole King), e pelo menos uma faixa recente (bem...de 1996) me conquistou: "Hora de Partir o Coração".
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário