quinta-feira, junho 17, 2004

Electric Light Orchestra: o preconceito que a maravilhosa banda de Jeff Lynne sempre sofreu parece que se arrefeceu em algum momento nos anos 90. O filme Boogie Nights se encerra com um de seus hits (fui motivo de gozação por isso - pô, logo na hora que o cara mostra o documento vão tocar uma banda que eu adoro...), a revista Mojo colocou Out of the Blue entre os melhores discos dos anos 70, Macca capitulou às insistências de George (que já havia trabalhado com a produção do mago Lynne) para a escolha do produtor da série Anthology (adivinhem quem...). Falta ainda reconhecer o quanto a banda seguiu nos caminhos traçados pelos Beatles, e pavimentados por Raspberries, Badfinger, Moody Blues e outros. ELO é "wall of sound". ELO é a batida quatro por quatro, o desbunde da Disco Music em sua versão mais roqueira, ELO é, acima de tudo, a deliciosa levada de "If I Fell" (do A Hard Day's Night) relida, estudada e redimensionada. As letras falam de ritos de passagem, de dificuldades nos relacionamentos. "Starlight", "Strange Magic", "It's Over", "Mr. Blue Sky", "Diary of Horace Wimp", "Twilight", "Turn to Stone", "One Summer Dream", "Mr.Radio", "Kuyama", "Showdown"...clássicos do power pop que deveriam fazer parte do repertório da festa da Contracampo, mas acho que o Ruy não deixaria.

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