domingo, fevereiro 22, 2009








Em homenagem a O Lutador, belo filme "de" Mickey Rourke, atualizo este blog esquecido com as cotações de uma banda germânica clássica, que influenciou nove entre dez bandas de power metal dos anos 90 (Bling Guardian, Stratovarius, Rage, Morgana Lefay...): ACCEPT.



Accept (1979) * * * *

Começo cru, mas com melodias interessantes. Algumas composições são bem inspiradas. É como meu irmão disse há pouco: "quem iria apostar que uma banda com um front man desses (Udo) iria vingar?"



I'm a Rebel (1980) * * *

A maior força deste álbum é ser esquisito. Curiosamente e apaixonadamente esquisito. Metal com backing vocals punks, muito antes do estouro do crossover de meados da década de 80, é o que se pode ouvir na faixa título. Disco music é o que se pode ouvir em "I Wanna be no Hero".



Breaker (1981) * * *

Cada vez mais perto da sonoridade que iria marcar a banda e influenciaria quased todo o metal tradicional europeu daí em diante. Um Judas Priest vitaminado, mas ainda sem a força que teria nos discos seguintes.



Restless and Wild (1982) * * * * *

O clássico da banda. Nunca mais repetiram o feito. Aqui, nascia o power metal, em faixas como "Fast as a Shark" e "Ahead of the Pack". Ao mesmo tempo, a inspiração melódica e semi-épica de faixas como "Demon's Night", "Neon Nights" e "Princess of the Dawn" é inesquecível.



Balls to the Wall (1983) * * * *

Seguindo no caminho trilhado com perfeição no disco anterior, mas já dando sinais de um comercialismo preocupante (vide "Love Child"). As melhores são as duas primeiras, "Balls to the Wall" e "London Leatherboys", e a última, "Winter Dreams".



Metal Heart (1985) * *

Algumas faixas muito boas convivem com constrangimentos como "Living for Tonite". Extrapolaram na vontade de vender, desta vez, e fizeram um disco em que nada é de metal, muito menos o coração.



Kaizoku-ban (1985) * *

Mini-LP ao vivo, com a turnê de Metal Heart. Algumas faixas tem versões mais pesadas, mesmo assim o disco não convence.



Russian Roulette (1986) * * *

Mais pesado, mais inspirado, menos orientado para as FMs. Não uma volta ao passado, mas uma redirecionada de caminhos. Disco indeciso de certa forma, mas com momentos bem marcantes.



Eat the Heat (1989) * *

Como se adequar aos novos tempos? Eles só descobririam na década seguinte. Ainda assim, alguns momentos, como é de praxe em discos do Accept.



Staying a Life (1990) * * *

Um duplo ao vivo para satisfazer os que só encontravam registros decentes da banda no palco em produtos piratas.



Objection Overruled (1992) * * *

Qualquer objeção a este disco deve ser negada, pois é o melhor que eles lançaram desde Balls to the Wall. Quase uma volta definitiva à excelente forma do biênio 82/83.



Death Row (1994) * *

Estranhei demais este disco na única vez que o escutei. Nunca voltei a ele, infelizmente. Devo voltar por estes dias.



Predator (1996) * * *

O peso alcançado. A maneira de se adequar a novos tempos encarada com firmeza. Não vingou, mas é um disco bem digno.



All Areas - Worldwide (1997)

Ao vivo de despedida. Nunca o escutei. Nunca é tarde, e como no caso de Death Row, merecerá um update assim que for decifrado.

Um comentário:

Anônimo disse...

Comentários interessantes, Sérgio. E o engraçado é que não conheço tantos discos da banda assim (mesmo achando que curto mais METAL que você). Vou procurar ouvir os da volta...