quarta-feira, julho 21, 2004

Reouvindo Van der Graaf Generator (a obra-prima H to He) e percebendo o quanto o som de Clara Crocodilo, de Arrigo Barnabé, é devedor da poesia de Peter Hammill em torno do saxofone distorcido de David Jackson. Outros dois discos do VdGG completam uma trilogia metafísica (inconsciente, mas muito coesa): The Least We Can Do is a Wave to Each Other e Pawn Hearts.  O primeiro é o que sedimentou o estilo da banda, muito imitado por bandas como Still Life (que existia antes do disco do VdGG), Raw Material e Gnidrolog. O segundo é considerado um dos discos mais influentes do progressivo, mas essa influência nem é tão óbvia, apesar de fortemente sensível em bandas díspares como Genesis, Camel, Curved Air, além das anteriormente citadas. O barulho dos navios batendo em Pawn Hearts, efeitos acoplados à bateria, e as partes lentas e melodiosos de qualquer dos três discos, de uma beleza que leva às lágrimas, sempre, são momentos que provam que Hammill é, sim, um gênio.

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